Para Carlos Silva Filho, presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), associada à Iswa, uma das questões a serem abordadas refere-se ao impacto econômico de uma gestão inadequada. “Não traz só impactos ambientais negativos. Perde-se muito dinheiro, muitos recursos. Tudo o que é descartado, poderia voltar para o ciclo produtivo, seja na forma de matéria-prima, seja na forma de energia”, apontou. Ele aposta em uma conjugação de esforços entre a sociedade, o Poder Público e a iniciativa privada.
Entre as iniciativas inovadoras que serão apresentadas no congresso, Carlos Filho destacou o aproveitamento do resíduo de plástico como combustível, transformando-o em biodiesel, e o uso de materiais oriundos do lixo eletrônico, para recuperação de metais preciosos. Destacou, ainda, a necessidade de políticas de inserção de catadores do setor informal no sistema profissional da gestão de resíduos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010, também foi destacada durante a abertura do evento. O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ney Maranhão, avaliou que, em apenas quatro anos, a política produziu resultados significativos. Um deles foi a grande participação na quarta conferência nacional sobre o tema. “Todos os estados fizeram as conferências e elegeram 1,2 mil delegados”, salientou.
O secretário ressaltou avanços na logística reversa como resultado da implementação da PNRS nos últimos anos. Maranhão citou como exemplo a indústria de eletroeletrônicos, de embalagens em geral e de descarte de medicamentos. Lembrou, ainda, que, em 2008, antes da aprovação da lei, o descarte adequado era uma realidade em 1.092 municípios, de um de 5.561. “No fim de 2013, esse número passou para 2.200, ou seja, 40% dos municípios”, comemorou.
Agência Brasil