No Cairo, os incidentes envolveram simpatizantes do presidente deposto, Mohamed Mursi, e policiais. No dia 4, quatro pessoas morreram na capital durante confrontos entre os simpatizantes de Mursi, opositores e as forças de segurança.
Mursi foi destituído e detido pelo Exército em 3 de julho, depois de manifestações de milhões de egípcios exigindo sua renúncia. Os militares nomearam um governo interino encarregado de reescrever a Constituição e de organizar eleições legislativas e presidenciais para o início de 2014.
Desde 14 de agosto, no entanto, há uma campanha de repressão contra os simpatizantes de Mursi e, em particular, a Irmandade Muçulmana, organização que apoia o presidente deposto. Mais de 2 mil integrantes da organização são mantidos presos pelos militares egípcios.
O Ministério do Interior chamou alguns dos feridos e detidos de sabotadores e responsabilizou os manifestantes pelo uso de armas de fogo durante os incidentes, o que, alega, obrigou a polícia a intervir.
Agência Brasil/ Agência Lusa