Os candidatos ao governo apresentaram propostas fracas para áreas estruturais do Estado no primeiro debate direito entre si. Quando houve alguma apresentação de ideias para mudanças em saúde, segurança e educação, as versões são fracas e mal esboçadas.
O debate foi realizado nesta manhã pela TV Vila Real com participação dos cinco concorrentes – Arthur Nogueira, Mauro Mendes (DEM), Moisés Franz (Psol), Pedro Taques (PSDB, reeleição) e Wellington Fagundes (PR). Quando questionados sobre as propostas de serviços, eles mais se alteram a criticar a situação atual ou a citar ações em gestões anteriores, no caso dos que já exercem cargo público. Leia a fala dos candidatos por ordem de respostas dadas no debate.
Saúde
Wellington Fagundes: “Com certeza, essa é a área que a população está sofrendo em Mato Grosso. A gente tem recurso parado nas contas do governo e a obra está parada, como é o caso do Hospital Júlio Müller, há mais de quatro anos”.
Mauro Mendes: “Vou trabalhar muito para colocar os pagamentos da saúde em dia, o pagamento das prefeituras em dia. Vamos fazer uma central de compra de medicamentos para os 141 municípios, para comprar mais barato e mais eficiente (sic)”.
Moisés Franz: “Nós precisamos melhorar a questão do fortalecimento dos hospitais de pequeno e médio porte do interior para que o cidadão possa ter seu atendimento lá no município, nas regiões mais distantes do Estado de Mato Grosso. Rever questões do contrato com a OSS e dar muita transparência. 1,7 bilhão é muito dinheiro e a saúde continua esse caos”.
Arthur Nogueira: “É preciso retomar todas essas obras [relacionadas à saúde] e chamar a atenção do cidadão de fiscalizar o dia-a-dia dos projetos dessas obras inacabadas porque é dinheiro público que está sendo aplicado”.
Educação
Pedro Taques: “Nós não tínhamos nenhuma escola em tempo integral e hoje temos 40. Nós aumentamos o médio técnico de 7,5 mil alunos para 15 mil alunos. Valorizamos os 40 mil servidores do ensino da educação, aumentando o salário em 49% com ganhos reais”.
Wellington Fagundes: “Para nossa universidade federal, que foi ampliada em Barra do Garças e Sinop, nós temos como projeto a criação de mais duas universidades federais, em Araguaia e no Nortão de Mato Grosso, porque já criamos mais uma universidade na região sudeste como sede em Rondonópolis. Com a parceria com a universidade, nós vamos ampliar as oportunidades na educação”.
Moisés Franz: “Com relação à Unemat, nós temos a proposta de fortalecê-la e expandi-la, inclusive investindo muito na pesquisa científica e tecnológica porque entendemos que a Unemat é uma universidade estadual prioritária para que nós possamos melhorar as condições educacionais do povo mato-grossense”.
Arthur Nogueira: “Nós garantiremos [à Unemat] essa autonomia financeira e orçamentária. Nós criaremos o restaurante universitário para os alunos. Nós investiremos em todos os campi, na estrutura existente e em novas estruturas, para dar condições [aos alunos] e não se deixar se dominar pela iniciativa privada”.
Mauro Mendes: “Quando nós fomos prefeitos de Cuiabá, o IDEB, que mede a qualidade de educação, subiu muito na nossa administração. Tenho certeza que é possível fazer isso em Mato Grosso. Eu e Otaviano já mostramos que temos experiência”.
Criminalidade & Segurança
Arthur Nogueira: “O crime organizado precisa ser combatido com um a integração verdadeira das forças policiais, e aqui estão incluídas as do estado de Mato Grosso, juntamente com as forças federais e até se possível com as forças armadas”.
Mauro Mendes: “A nossa proposta é criar um programa chamado ‘Tolerância Zero’. É investir na polícia, capacitar os nossos profissionais. Eu quero a polícia de Mato Grosso muito bem armada. Nós vamos fazer uma parceria, exigir, inclusive, do Governo Federal para que ele possa fazer um melhor controle em nossas fronteiras”.
Wellington Fagundes: “Nós faremos uma parceria com todas as polícias para que tenhamos fiscalização e, acima de tudo, a inteligência para trazer mais segurança e mais oportunidade a todos os brasileiros que vivem aqui”.
Economia
Moisés Franz: “Precisamos rever a questão dos incentivos fiscais para que a gente consiga distribuir renda, consiga fazer com que os incentivos fiscais aplicados em Mato Grosso sejam realmente fomentadores de indústrias que geram emprego”.
Pedro Taques: “Falar em geração de emprego é preparar as pessoas para o futuro. Nós tínhamos 7,5 mil pessoas sendo preparadas no médio TEC. Agora, temos 15 mil pessoas sendo preparadas no médio TEC. Nós não tínhamos nenhuma escola em tempo integral. Hoje nós temos 40 escolas em tempo integral e eu quero implementar mais 100, preparando o futuro de Mato Grosso.”