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Confiança Empresarial cai 1,8 ponto em janeiro ante dezembro, para 94,8 pontos, diz FGV

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 1,8 ponto em janeiro ante dezembro, para 94,8 pontos, terceiro mês consecutivo de quedas, informou nesta segunda-feira, 3, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, a confiança empresarial encolheu 0,9 ponto no primeiro mês de 2025.

O resultado reflete uma deterioração na percepção dos empresários em relação à situação atual e às expectativas para os próximos meses, aponta a FGV.

“Enquanto as expectativas empresariais mantêm a trajetória negativa iniciada em novembro, a queda expressiva do Índice da Situação Atual em janeiro sinaliza desaceleração do nível de atividade econômica no mês, após um fim de ano marcado por demanda bastante aquecida”, avaliou Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O Índice de Confiança Empresarial reúne os dados das sondagens da Indústria, Serviços, Comércio e Construção. O cálculo leva em conta os pesos proporcionais à participação na economia dos setores investigados, com base em informações extraídas das pesquisas estruturais anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a FGV, o objetivo é que o ICE permita uma avaliação mais consistente sobre o ritmo da atividade econômica.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) diminuiu 2,4 pontos em janeiro no confronto com dezembro, para 96,3 pontos.

“Apesar de ser o primeiro recuo após três meses em alta, a intensidade da queda foi a maior desde janeiro de 2022, podendo sinalizar perda de fôlego da demanda, que vinha aquecida ao longo do segundo semestre de 2024”, observou a FGV.

O Índice de Expectativas (IE-E) teve queda de 1,3 ponto, para 93,2 pontos, menor nível desde dezembro de 2023.

Entre as expectativas, o destaque foi o item que mede as perspectivas para a evolução dos negócios nos próximos seis meses, com redução de 1,4 ponto, para 93,0 pontos.

Quanto ao momento presente, o item que mede a percepção sobre a demanda corrente diminuiu 3,4 pontos, para 96,3 pontos. O componente que avalia a situação atual dos negócios caiu 1,3 ponto, para 96,4 pontos.

Na passagem de dezembro para janeiro, a confiança dos serviços encolheu 2,5 pontos, para 91,8 pontos; a do comércio caiu 2,8 pontos, para 89,3 pontos; a da indústria diminuiu 1,3 ponto, para 98,4 pontos; e a da construção cedeu 1,9 ponto, para 94,9 pontos.

A coleta do Índice de Confiança Empresarial reuniu informações de empresas dos quatro setores entre os dias 2 e 27 de janeiro.

Estadão Conteudo

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