Fotos: Sandra Carvalho
Por Raul Bradock e Sandra Carvalho
Conduzidos até à sede da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), Eronir Alexandre, José Mikael Malouf e Marcelo Malouf prestaram esclarecimentos a respeito de transações financeiras. Eles foram ouvidos durante a 4ª fase da Operação Sodoma, deflagrada na manhã desta segunda-feira (26).
O advogado de Mikael Malouf, Ulisses Rabaneda, informou que todas as transações realizadas por seu cliente foram lícitas e que ele teria ido à delegacia apenas para prestar esclarecimentos aos investigadores. “A lei dos cheques permite que eles percorram diversos contratos ou sejam emitidos nominal a alguém. Não há crime nenhum em receber cheques endossados. Estão sendo analisados alguns cheques, aonde foram depositados e as pessoas que os receberam estão vindo e esclarecendo as transações financeiras. As transações do meu cliente são completamente lícitas e ele veio esclarecer e a autoridade policial já o liberou”.
Já Wendel Rolim, advogado de Marcelo Malouf, contou que a polícia não autorizou a dar detalhes, mas que seu cliente é apenas testemunha no processo e foi convidado a prestar esclarecimentos.
“Ele veio na condição de testemunha e prestou todos os esclarecimentos necessários, a polícia não nos autorizou a falar por conta do sigilo do inquérito. Ele só foi ouvido em termos de declarações e ele é testemunha nesse processo”, explicou Wendel Rolim.
O advogado de Eronir, Tiago Maiolino, disse que a condução foi apenas para esclarecer sobre a desapropriação de um determinado terreno.
Eronir Alexandre não quis falar. Ele era financeiro de Valdir Piran, que teve mandado de prisão cumprido em Brasília. O filho, Valdir Piran Junior, foi ouvido também em Brasília e liberado.
O foco da Operação Sodoma 4 é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa durante 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.
Acompanhe
11h50 – Allan Malouf chega à sede da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (DEFAZ) acompanhado de policiais civis.
11h20 – O empresário Allan Malouf, que atua no setor de Buffet em Cuiabá, está sendo objeto na investigação. Contra o empresário foi expedido mandado de condução coercitiva e busca e apreensão. Ele está sendo encaminhado neste momento para a sede da DEFAZ em Cuiabá para prestar esclarecimentos.
11h12 – Durante buscas na residência de Valdir Piran, policiais civis localizaram pistola e munições ao abrir cofre do empresário.
10h40 – O procurador aposentado Francisco Lima (Chico Lima) foi preso pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ele estava em seu apartamento na Capital do Estado.
10h10 – Os primos Catarino da Silva Neto e Eliane Martins foram conduzidos para a Defaz. Segundo informações, eles teriam recebido um cheque no valor de R$ 300 mil proveniente do esquema.
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