Com a greve dos servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), quem precisa emplacar o veículo ou fazer vistorias encontra dificuldades. A paralisação iniciada no dia 31 de maio cobra o pagamento dos 11,28% da Revisão Geral Anual (RGA) referente ao ano de 2015. Enquanto os servidores e o Governo não travam um acordo, a população vem sendo penalizada.
O serviço de emplacamento, que demora dias, agora está totalmente paralisado. Após dar entrada nos documentos para emplacar a moto, o microempreendedor individual Leonel Barbosa teve o veículo apreendido em uma abordagem da Guarda Municipal de Trânsito.
“Fui até o Detran na quinta-feira (9), cheguei lá às 4h30 da madrugada e fui informado que não conseguiria lacrar a placa na minha moto. Na sexta-feira (10) os agentes pegaram minha moto e levaram para o pátio do Detran”, contou Adilson.
Mesmo com os documentos, placa e lacre na mão o empreendedor ouviu do agente que a moto não podia circular. “Só depois que eles apreenderam foi que eu consegui que a moto fosse emplacada, mas agora preciso que os documentos sejam liberados para então retirar a moto de lá”. Com esse processo, Adilson, que utiliza o veículo para trabalhar, está parado.
O presidente do Sindicato dos Despachantes e das Auto Escolas (Sindaed), Adilson Ribeiro, disse nesta terça-feira (14) ao Circuito Mato Grosso que há uma falta de diálogo entre o Detran e os guardas de trânsito. “Como eles vão apreender o veículo do cidadão, sendo que o órgão está fechado e não tem como ser feito o serviço?”, questionou Ribeiro.
Segundo o dirigente, a população está sendo prejudicada pela greve e pela situação constrangedora quando o veículo é aprendido. “A pessoa esta com tudo na mão, placa, documento, tem como provar que o emplacamento não foi feito por que estão em greve e tem seu veículo apreendido? Isso não deveria acontecer”, pontuou.
Proposta
O Governo propôs aos servidores públicos 6% da RGA, divididos em três parcelas, 2% em setembro de 2016 e os outros 2% em janeiro e em março de 2017. Também foi considerado pagar o retroativo à data base, que é em maio. Assim, os valores residuais serão quitados nos meses de maio, junho e julho de 2017.
Segundo o Fórum Sindical, que representa aproximadamente 30 categorias de servidores, a proposta foi rejeitada.
