"Há uma questão muito objetiva que é porque o disco rígido não estava no lugar em que tinha de estar; e, sim, em sua mochila. Esperamos que o motorista se recupere rapidamente e possa dar explicações para convencer o juiz", disse ele.
De acordo com boletim médico emitido pelo hospital em que Benítez está internado, o condutor passa bem e poderá receber alta ainda hoje, quando estará em condições de prestar depoimento. O secretário informou que o trem estava vistoriado e que o condutor, ao longo do percurso, não informou qualquer defeito mecânico nos equipamentos.
Berni negou as acusações feitas pelo delegado, Rubén Sobrero, de que militantes da La Cámpora – grupo político que apoia a presidenta Cristina Kirchner, teriam chegado com o secretário de Segurança no local do acidente e tido acesso à cabine.
"Os primeiros que chegaram foram os efetivos da Polícia Federal, de modo que ninguém pode entrar ou sair da cabine, só o grupo de resgate com o Same [Sistema de Atenção Médica de Emergências] para tirar o condutor do lugar", explicou Sergio Berni.
O secretário questionou o fato de a união de ferroviários [espécie de sindicato] se opor permanentemente às medidas de segurança em trens que o Ministério do Interior e de Transporte vem buscando implementar.
"Me chama a atenção e me custa entender a resistência deles ao colocarmos câmeras de segurança dentro das cabines. Depois que vimos como os condutores vão: lendo livro, enviando mensagens de texto ou dormindo", finalizou.
Agência Brasil