No microblog Twitter, Jefferson afirmou que não tem "arrependimentos, tudo certo. Não me regozijo, sou um réu condenado como todos os outros, vamos aguardar que se cumpra o destino".
Além disso, o ex-deputado diz que "mentiria se dissesse que estou satisfeito", mas se sente confortado pelo fato de que "a política poderá ser melhor no futuro". Segundo Jefferson, o mensalão foi "o maior escândalo que jamais presenciei no Planalto Central desde que me tornei deputado".
No julgamento do mensalão no STF, os ministros condenaram 25 réus pela participação no esquema, o maior escândalo de corrupção de corrupção no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006).
Na sessão de ontem, o Supremo negou o pedido de perdão judicial apresentado pela defesa de Jefferson, em função de seu papel de delator do esquema; e conversão da pena em prisão domiciliar, já que, segundo a defesa, o ex-deputado enfrenta problemas de saúde.
Cumprimento de penas
Em uma sessão longa, confusa e marcada por discussões, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu ontem pela execução imediata das penas da maioria dos condenados do mensalão. Todos os ministros seguiram este entendimento, proposto pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, presidente da Corte. Ainda não há um número definido de quantos réus começarão a cumprir as penas, mas serão no mínimo 16 condenados –há dúvidas sobre alguns réus.
Após o fim da sessão, o ministro Luís Roberto Barroso explicou que quem irá decidir sobre a expedição dos mandados de prisão e a execução das penas será o relator do processo, ministro Joaquim Barbosa.
Segundo a assessoria de imprensa do STF, é possível que o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, apresente na sessão de hoje do plenário a lista com todos os réus que começarão a cumprir pena pelos crimes em que não cabem mais recursos.
Com base nessas informações, Barbosa poderá começar a expedir os mandados de execução de pena contra os condenados. A assessoria de imprensa, porém, não soube informar se haverá tempo hábil para expedir os mandados ainda hoje.
Com isso, os condenados poderão passar o fim de semana fora da cadeia, uma vez que a lei impede o cumprimento de mandados de prisão após as 18h, em feriados, e fins de semana, com exceção dos flagrantes.
Barbosa também pediu a seus assessores que levantem os casos dos réus que entraram com embargos infringentes sem ter direito a eles. Em tese, o relator pode decidir sozinho pela rejeição desses embargos. A defesa, então, terá direito a entrar com recurso para ser apreciada em plenário.
Uol