O anúncio foi feito pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi. A sétima congregação preparatória do conclave contou, nesta sexta-feira, com os 115 cardeais eleitores, com menos de 80 anos, que poderão votar para escolher o próximo papa.
Uma missa será realizada na manhã de terça-feira, e a primeira votação deverá ocorrer à tarde. A equipe do Vaticano preparou a Capela Sistina para o conclave. Dois fornos foram instalados para produzir a famosa fumaça branca que indica quando um novo papa foi eleito, e a chaminé poderá ser instalada ainda nesta sexta. Em 2005, anos em que Joseph Ratzinger foi eleito, foram necessários três dias de votação.
Nesta sexta, os cardeais também votaram pela aceitação das cartas de dois cardeais eleitores com as justificativas para não participarem do conclave. Julius Riyadi Darmaatmadja, da Indonésia, citou motivos de saúde para não comparecer. O escocês Keith O’Brien citou motivos pessoais.
O’Brien renunciou na semana passada como arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ter sido acusado de "comportamento inadequado" contra outros religiosos na década de 80. No domingo, ele admitiu que sua conduta sexual foi por vezes “abaixo dos padrões esperados”. Em um comunicado, pediu perdão àqueles que possa ter "ofendido" e também desculpas à Igreja Católica e ao povo da Escócia.
Nesta quinta, o padre Lombardi havia dito que os cardeais não tinham pressa para fixar o começo do conclave, uma vez que preferiam prepará-lo de maneira "séria e profunda". Segundo observadores vaticanos, vários cardeais não italianos, sobretudo os americanos, pretendiam conhecer em profundidade o que há de verdadeiro no escândalo Vatileaks antes de entrar na Capela Sistina, onde ocorrem as votações. Enquanto isso, outros cardeais desejariam começar o conclave o mais rapidamente possível, diante da possibilidade de virem à tona novos escândalos de abusos ou de corrupção.
Fonte: PrimeiraHora | Veja Notícias