Há algo de errado na aquisição de medicamentos da Secretaria de Estado de Saúde. De acordo com uma fonte do Circuito Mato Grosso a compra desordenada de alguns medicamentos se contrasta a realidade dura e cruel de alguns pacientes que não conseguem a medicação pela rede pública.
Ao que parece, nos últimos dias, um servidor comissionado da Pasta – que pouco aparece para cumprir sua jornada de trabalho – fez a aquisição de 20 mil supositórios do medicamento Mesalazina para o tratamento de pacientes com doença de Crohn – doença intestinal inflamatória e crônica que afeta o revestimento do trato digestivo. No entanto, a maioria dos pacientes faz uso do medicamento via em comprimido (via oral). Detalhe, apenas cerca de 400 pessoas no Estado fazem tratamento para esta doença.
O pior é que como não terão uso, o prazo de validade dos medicamentos vencerá e os produtos serão descartados.
Outra compra “surreal” é a do medicamento Golimumab, para tratamento de artrite. A medicação que no mercado comum custa mais de R$ 4 mil foi adquirida em larga escala, mesmo não tendo tanta demanda.