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Compras de última hora lotam shoppings da Grande Cuiabá; setor prevê incremento de 14% em vendas

A última semana antes do Natal foi de grande movimentação nos shoppings centers da região metropolitana de Cuiabá. Como já é tradicional, o fluxo intenso de clientes que deixam para comprar presentes para amigos e familiares causou verdadeiros “congestionamentos humanos” nos corredores dos estabelecimentos e quem comemora são os lojistas. Isso porque as vendas do setor devem crescer 14,6% em 2023 e atingir R$ 219,8 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Caso se confirme, o resultado representará um novo recorde para o segmento.

Um dos que deixaram para fazer compras de última hora foi o gestor de tráfego Daniel Pedroso Navarro. Acompanhado da esposa e dos dois filhos, ele conta que a rotina atribulada o impediu de adquirir as lembranças de fim de ano mais cedo. “Tentei evitar (deixar as compras para os últimos dias), mas não teve jeito. Ainda assim, fiz pesquisas de preços para presentear todo mundo e conseguir bons descontos”.

A gerente da loja Puket, Fernanda Florentino, destaca que a grande demanda na véspera de Natal é uma síntese do impacto que o mês de dezembro gera nas vendas e receitas das empresas. “Por ser um período especial, o faturamento chega a dobrar em relação aos meses anteriores. Para aproveitar as oportunidades, é preciso estar com uma equipe de atendimento preparada e que compreenda as necessidades do cliente, aumentando a probabilidade de concretização do negócio”, analisa.

Segundo a gerente de marketing do Pantanal Shopping, Daniela Rossi, cerca de 200 mil pessoas estiveram no local durante a semana. Ela ressalta que diversas medidas foram tomadas para atrair consumidores e aumentar o consumo dentro da praça. “Muitos daqueles que têm uma agenda corrida estão aproveitando os horários especiais de atendimento que foram estendidos e permite que a família consuma e tenha momentos de lazer”.

Outra ação efetiva na visão de Daniela é a campanha promocionais que prevê o sorteio de um carro novo para os consumidores. “Além de concorrer a um veículo zero quilômetro, aqueles que gastarem R$ 450 em compras também serão presenteados com um panetone. Isso é um diferencial fundamental para cativar o cliente”, comenta a gerente de marketing.

Setor em ritmo de retomada

Depois do período conturbado em função da pandemia do coronavírus, a mudança no perfil dos consumidores não mudou a importância dos shoppings centers na hora de sair às compras. Levantamento “O comportamento dos Frequentadores de Shopping Centers”, feito pela Abrasce em parceria com a Fronte Pesquisa, revela que 46% dos entrevistados preferem ir aos grandes centros comerciais para adquirir produtos.

No Natal, o percentual parece aumentar consideravelmente. A data deve injetar R$ 870 milhões na economia mato-grossense, montante 45% maior do que o verificado na pesquisa anterior. A projeção do Instituto de Pesquisa e Análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-MT) revela que o ticket médio de gastos será de R$ 585,72.

Entre os principais produtos citados pelos entrevistados, roupas e acessórios aparece em primeiro lugar com 36% de participação, seguido de brinquedos com 14% e alimentação e bebidas com 13%. Cosméticos e perfumes foram citados por 7%, seguido de eletrônicos com 6% e eletrodomésticos com 5%. Sapatos e móveis somaram 3% cada, juntamente com alimentação fora de casa.

Ainda conforme o levantamento, o cartão de crédito será o meio mais utilizado de pagamento, para 53% dos clientes ouvidos. O Pix é o segundo mais requisitado (20%). (com informações da assessoria)

Quiosques em alta

Quem costuma passear nos shoppings centers da Grande Cuiabá certamente já percebeu o crescimento no número de quiosques. Geralmente localizados nos corredores de circulação, esses pontos oferecem a chance de conquistar o cliente pela curiosidade de forma intuitiva, ao contrário das estabelecimentos convencionais que precisam investir mais em decoração. Além disso, estes espaços contam com custos de aluguel e manutenção reduzidos em relação às lojas âncoras (acima de 1.000 m¦) e semi-âncoras (com espaço de 500 a 999m¦).

Essa foi a opção da empresária Renata Wrobel, proprietária da Florybal Chocolate Caseiro. Além das despesas com a locação, a falta de pontos “padrões” disponíveis fez com que ela decidisse pela abertura de um quiosque da marca no Pantanal Shopping. “A visibilidade é praticamente a mesma de uma loja convencional. O único problema, as vezes, é que falta espaço para expor mais produtos”.

O diretor administrativo da Nassau Empreendimentos, Maurício Romiti, destaca que é preciso fazer cálculos para definir o melhor investimento em um quiosque. Também são necessárias estratégias para venda de produtos ou serviços. Apesar de exigirem menos investimento visual, os quiosques ainda precisam chamar a atenção.

“Não se pode correr o risco de virar apenas um balcão de informações, ou seja, que as pessoas vejam o quiosque mas não vejam os produtos. Faça proveito de todo o espaço, use decorações e treine os colaboradores para atraírem o olhar dos visitantes e converter vendas”.

FONTE: Gazeta Digital

João Freitas

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