Aproveitando a semana da criança, decidi refletir um pouco sobre algo que é tão pouco mencionado, a sua criança interior. Iniciando pelas emoções, Daniel Goleman afirma que quando somos ignorantes emocionalmente na hora da adversidade a emoção nos engole e regredimos, fazemos as mesmas coisas sempre, xingamos(até os mesmos palavrões) ou batemos o pé, choramos ou nos afastamos, nos infantilizamos. Mas não é só em relação às emoções, percebo que algumas de nossas reações estão ainda lá na adolescência ou na infância, ouço pessoas de 50, 60 anos dizerem “minha mãe sempre dizia que eu era desligado”. O que nos impede de crescer e amadurecer? Na maioria das vezes o profundo amor a quem nos criou, pensamos lá no fundo: “poxa se ela ou ele dizia isso, devo ser isso mesmo”. Não é consciente.
De acordo com Rosemeire Zago “…a criança interior é uma fonte de cura, mas geralmente ela é abandonada por nossa parte adulta, que acha que sabe tudo, e a criança nada sabe. O que não é verdade. É nela que se encontram nossas lembranças mais profundas e, provavelmente, a origem de nossos maiores conflitos. Mas é preciso que aceitemos que ela ainda existe dentro de nós, e só conseguimos isso quando paramos de fugir de todas as lembranças que ela nos traz. Por mais difícil que tenha sido a infância de uma pessoa, ainda assim ela carrega sua própria luz e beleza. Converse com sua criança interior. Sim, é muito importante conversar com ela. Pode ser escrevendo como se fosse ela se expressando, ou mentalmente, o que você preferir. Imagine que ela está na sua frente agora e aproveite para conhecê-la um pouco mais.
Pergunte a ela as sugestões abaixo e escreva as respostas: Em que momento de nossas vidas posso ter perdido minha conexão com você? Do que você gosta? Do que você não gosta? O que faz você sentir medo? Por quê? Como se sente? O que você precisa?” Nesta semana reserve alguns momentos para conversar com essa criança, de preferência logo que acordar pois o seu racional ainda estará adormecido. Permita-se uma ida ao supermercado para comprar “gordices”, escolha uma brincadeira que adorava e convide seus filhos, filhos de amigos, vizinhos, etc. “Essa criança, que é a nossa própria alma, implora, por baixo do burburinho da nossa vida, muitas vezes imersa no cerne do nosso pior complexo, que digamos: “Você não está sozinha. Eu amo você.” Rosemeire Zago. Namastê
