Comitiva da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), liderada pela presidente Gisela Cardoso, esteve reunida com os delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção de Pessoas (DHPP), Marcel Gomes de Oliveira, Ricardo Franco e Edison Pick, na tarde desta terça-feira (15), para falar sobre o feminicídio da advogada Cristiane Castrillon da Fonseca.
“Reconhecemos a agilidade com que a equipe da DHPP vem trabalhando no caso e solicitamos que a OAB possa acompanhar o inquérito”, explicou Gisela.
Um ofício foi protocolado, com a indicação da presidente da Comissão da Mulher Advogada, Glaucia Amaral, e do presidente da Comissão de Direito Penal e Processo Penal, Leonardo Bernazzolli, para que ambos representem a OAB-MT no acompanhamento das investigações.
“Repudiamos e lamentamos profundamente a mais grave das violências sofridas pela doutora Cristiane e, como entre as finalidades da Ordem está a defesa dos direitos humanos e a rápida administração da Justiça, solicitamos uma apuração profunda, rigorosa e célere deste crime bárbaro, bem como que a justiça seja feita com a punição do autor, na forma da Lei”, ressaltou a presidente da Seccional.
O delegado Marcel Gomes disse que todo o empenho está sendo dedicado para que tudo seja esclarecido rapidamente, com seriedade, garantindo uma investigação detalhada e que dê total embasamento para a conclusão do inquérito.
"Em casos de feminicídio a resposta tem que ser rápida e dura. Tanto da polícia como do Ministério Público e do Poder Judiciário", defendeu.
Entenda o caso
Segundo as investigações, a vítima passou a tarde do último sábado (12) em um churrasco com a família e amigos e por volta das 22 horas foi com o seu carro até um bar, nas proximidades da Arena Pantanal. No local, a advogada conheceu o ex-policial militar, Almir Monteiro dos Reis, com quem teria deixado o local, por volta das 23h30.
Após o fato, os familiares não conseguiram mais contato com a advogada, que também não dormiu em casa. Preocupados com o paradeiro da vítima, o irmão dela acessou um aplicativo que indicou que o celular dela estaria no Parque das Águas. No local, o corpo foi encontrado dentro do seu veículo Jeep, no banco do passageiro, já sem vida, sendo encaminhada ao hospital.
Com base nas informações, os policiais deram início às diligências, chegando até o último local em que a vítima esteve, antes da morte, uma residência no bairro Santa Amália. Por meio de imagens de câmeras de segurança foi possível ver o veículo da vítima saindo do endereço, na parte da manhã, com o suspeito na direção.
Na residência, os policiais realizaram a abordagem do suspeito, que confessou ter dormido com a vítima, porém, apresentou diversas contradições sobre os fatos posteriores e o envolvimento no crime de feminicídio. Na casa, foram recolhidos diversos indícios da autoria do suspeito no crime.
Diante dos fatos, ele foi interrogado e autuado em flagrante por feminicídio. A prisão dele foi mantida pela juíza da 6° Vara Criminal da Capital, Suzana Guimarães Ribeiro.