A Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) abriu investigação contra o deputado federal eleito Neri Geller (PP) por envolvimento em supostos esquemas de pagamento de propinas no Mapa (Ministério da Agricultura). A comissão divulgou a decisão nesta terça-feira (20) via nota de imprensa, incluindo no processo o também ex-ministro da Agricultura Antônio Andrade. Informações são da Agência Brasil.
Conforme a Comissão de Ética, a investigação vai apurar informações juntadas pela Polícia Federal na Operação Capitu, deflagrada há duas semanas. O caso envolve um esquema de arrecadação de propina dentro do ministério para beneficiar políticos do MDB que teriam recebido dinheiro da JBS, empresa da holding J&F que pertence aos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de medidas para beneficiar a JBS.
A Comissão de Ética informou que não analisou o caso de utilização de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, por não “haver recebido denúncia formal de que a ministra teria viajado em condições irregulares”.
Conflito de interesse
O colegiado também avaliou casos de conflito de interesses e decidiu sobre a necessidade de pessoas que ocupam cargos públicos cumprirem período de quarentena após exoneração.
No caso do diretor-presidente da Empresa Gestora de Ativos, Roberto Meira de Almeida Barreto, a decisão é que houve conflito e deverá ser cumprida quarentena de seis meses a partir da saída do cargo.
Não houve caracterização de conflito de interesses, portanto não há necessidade de quarentena, nos casos da subchefe de assuntos parlamentares, Mariangela Fialek, da chefe de gabinete do Ministro da Justiça, Lilian Claessen de Miranda Brandão, do diretor do Ministério do Esporte, Rafael Azevedo Santos, da ouvidora-geral da Anatel, Amelia Regina Alves, e do superintendente da Valec, Augusto Cezar Souza do Amaral.