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Comércio popular aposta em promoções de última hora para mães

Loja de bijuterias no Saara faz promoções para atrair clientes (Foto: Káthia Mello/G1)

A palavra chave é promoção. Por causa da crise, os comerciantes da Saara, a maior área de comércio popular do Rio, estão oferecendo descontos e promoções para atrair consumidores às compras dos presentes no Dia das Mães. Eles apostam principalmente nas compras de última hora, já que o movimento nas semanas anteriores não foi dos melhores.

Eduardo Maliki é dono de uma joalheria na Rua da Alfândega. Ele diz que para enfrentar a concorrência de mais de 20 lojas da região, decidiu baixar os preços. "Sem promoção, não vende. Estou dando descontos de 40% e parcelando para salvar alguma coisa", disse

Segundo ele, o cliente está mais exigente e pesquisa muito buscando maiores descontos. Maliki vende joias mais populares e as compras não costumam ultrapassar R$ 300.

Nas lojas de bijuterias, com preços entre R$ 15 e R$ 30, o movimento aumentou nos últimos dias. Segundo as venderoras, as vendas melhoraram por causa dos descontos e das novidades da moda que sempre agradam às mulheres.

"Estamos oferecendo condições especiais de pagamento. Esse ano estamos oferecendo parcelamento em até 4 vezes, descontos para quem paga à vista e descontos de até 30% no valor, dependendo da quantidade de peças que o cliente levar", diz o empresário Arnaldo Botner, dono de uma loja de bijuterias.

Roupas, joias, bijuterias e perfumes estão entre os presentes mais procurados segundo pesquisa divulgada no início do mês pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O levantamento apontou ainda que o valor médio dos presentes de Dia das Mães neste ano será de R$ 93,55.

Já uma pesquisa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-RJ) mostrou que o Dia das Mães, deve ter crescimento de 2% nas vendas, segundo estimativa dos 500 empresários ouvidos.

Para Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio, os lojistas estão moderadamente otimistas com as vendas no Dia das Mães e a estimativa de crescimento “reflete o fraco movimento comercial dos últimos três meses e o cenário econômico atual, com desemprego alto, inflação e juros altos, que fizeram o consumidor perder o poder de compra”.

Virginia Resende, vendedora há oito anos em uma loja de roupas, confirma que os consumidores estão mais controlados. "Mudou o comportamento de uns tempos prá cá. Já não se compra tanto por impulso. O negócio é pesquisar e voltar".

Foi o que fez Evelyn Amâncio, moradora do Santo Cristo, na Zona Portuária. Ela aproveitou uma liquidação em uma loja de sapatos para levar o presente da sogra.

"Os preços estão bons. Esperava gastar até R$ 100, mas acabei comprando por R$ 39 um presente que vale a pena", disse sorridente.
O pagamento à vista em dinheiro é a modalidade preferida para 58,7% dos consumidores, bem à frente do cartão de crédito parcelado (19,2%) e do cartão de crédito à vista (11,2%) na data que é a segunda melhor para o varejo perdendo somente para o Natal.

Os filhos não pensam em economizar quando se trata de presentear a mãe.

A estudante de Direito, Laís Matias, 21 anos, estava à procura de uma bolsa para a mãe. Ela buscava o parcelamento e não queria fazer dívida. "Para mãe é tudo. Não se pode economizar", disse.

De acordo com o presidente do Polo Saara, Toni Haddad, a crise econômica afetou o consumo. "As vendas estão abaixo do ano passado neste período, muito afetadas pela crise econômica do país, do estado e pelas obras do VLT no centro", explicou.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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