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Comércio ilegal de ouro no norte de MT é alvo de operação da PF

Foto: Ahmad Jarrah / Circuito MT

A Polícia Federal deflagrou hoje (28) a Operação Mãe do Ouro, realizada para desarticular organização criminosa responsável pela exploração e comércio ilegal de ouro no norte de Mato Grosso, com atuação na Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA/MT e na Companhia Mato-Grossense de Mineração – METAMAT.

Estão sendo cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, 11 de prisão preventiva e 1 de condução coercitiva, expedidos pela Justiça Federal de Sinop (477 Km de Cuiabá), em desfavor de alguns dos principais garimpeiros do norte do estado, dos proprietários dos postos de compra de ouro responsáveis pelo “esquentamento” do mineral e de servidores públicos estaduais.

Durante as investigações, identificou-se o seguinte processo criminoso: extração ilegal de ouro em vários pontos do norte do estado, abrangendo extensas áreas e mediante a utilização de maquinário pesado, causando grave degradação ao meio ambiente; aquisição de ouro por postos de compra (PCOs) instalados nas cidades de Nova Bandeirantes (MT), Alta Floresta (MT), Apiacás (MT) e Peixoto de Azevedo (MT). 

Os postos mencionados forneciam a documentação necessária para conferir aparência de legalidade à origem do ouro, permitindo, na sequência, a inserção do mineral já esquentado no Sistema Financeiro Nacional.

Além disso, apurou-se também a corrupção de servidores da SEMA e da METAMAT no esquema criminoso, mediante o recebimento de vantagens indevidas para a liberação de licenças ambientais e para o esquentamento do ouro.

Os presos responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

Busca e apreensão na Metamate

A Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), também foi alvo da operação. Nesta manhã, oficiais da Polícia Federal estiveram na sede da autarquia para cumprimento de um mandado de prisão.

Na ocasião a administração da Metamat informou que a pessoa em questão trata-se de um ex-servidor que exerceu cargo comissionado na empresa entre 2011 e março de 2015, quando foi exonerado em função de mudanças administrativas promovidas pelo Governo do Estado. Também disponibilizou telefones e endereço do ex-servidor à PF.
 
Mesmo sem ter acesso às informações sobre o processo que desencadeou a referida operação, a administração da Metamat se colocou à disposição da PF para prestar esclarecimentos e colaborar com as investigações.

Nome da operação

O nome da operação faz referência à lenda da Mãe do Ouro, que no folclore brasileiro significa uma bola de fogo, que as vezes se transforma em uma mulher e indica os locais onde se encontram jazidas de ouro que não devem ser exploradas.

Com assessoria

Atualizada às 12h30min.

 

Redação

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