A Federação do Comércio e Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES) já estima um prejuízo de mais R$ 90 milhões ao comércio do estado, após dois dias de lojas fechadas.
O número não leva em consideração as ocorrências de depredações e assaltos.
O Espírito Santo está sem a PM nas ruas porque protestos de familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões. As famílias pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de fazer greve. O estado diz que não tem caixa para bancar o reajuste. E, nesse impasse, está a população, que desde sábado (4) vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos.
O levantamento, realizado pela Fecomércio-ES, considera o PIB do comércio do Espírito Santo (IBGE-2014 atualizados pelo IPCA 2016) diário, como o valor máximo que poderia ser perdido pelo comércio em um dia parado e a quantidade de dias úteis perdidos.
Mas o número pode ser ainda maior, já que a sensação de insegurança ainda é grande para o cliente retornar as lojas. A previsão é que o faturamento no mês de fevereiro caia em torno de 30%.
Segundo estimativas, foram cerca de 270 lojas saqueadas ou depredadas até o momento só na Grande Vitória e o prejuízo com as depredações e saques gira em torno de R$ 20 milhões para os comerciantes capixabas.
"Tem pequenos lojistas que encerrarão as suas atividades, porque o que tinha estava na loja", enfatizou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.
Fundo
A Federação vai disponibilizar um fundo de R$ 1 milhão aos lojistas que necessitarem fazer reparos emergenciais nos estabelecimentos que sofreram depredação durante a paralisação da Polícia Militar.
"Os casos serão analisados individualmente após a normalização da segurança do estado e não serão cobrados juros e correções no pagamento do crédito. Os empresários terão até 90 dias para quitar o empréstimo", relata o presidente da Fecomercio-ES, José Lino Sepulcri.
A Fecomércio-ES também vai pleitear, junto ao governo, empréstimo com juros subsidiados para atender aos lojistas, para reposição de seus estoques.
Fonte: G1