Os comerciantes de Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, realizaram um protesto silencioso, nesta terça-feira (29), na rua Couto Magalhães contra as obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT), que devem ser iniciadas a partir da próxima semana no local.
Os empresários contrários às obras instalaram bandeiras pretas nas fachadas dos estabelecimentos, como uma forma de manifestar indignação e mostrar que o modal pode estar “matando “ o comércio da Couto Magalhães, segundo uma das representantes da comissão de comerciantes, Vanda Frizon.
O movimento reuniu, ao todo, mais de 200 empresários que possuem estabelecimentos comerciais na avenida onde o BRT deve passar.
A Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) disse que não irá se manifestar sobre o protesto. Já a Prefeitura de Várzea Grande disse, por meio da assessoria, que está analisando o pedido dos comerciantes.
A administração ainda disse que a sociedade já arcou com um pesado ônus desde 2014, quando as obras foram paralisadas.
Para a representante da comissão, existem outras formas de discutir a melhoria da mobilidade na cidade.
"Estamos convictos que existem outras formas mais eficientes para melhoria da mobilidade urbana que não causem tantos prejuízos a cidade. Mobilidade urbana é um conjunto de fatores que favorecem todos os meios de transporte e nao somente o transporte público em detrimento dos demais tipos de transporte", afirmou.
A proprietária de um estabelecimento comercial, Kilma Salem, disse que os comerciantes estão com medo do início das obras que pode afetar a movimentação do comércio de uma das principais avenidas da região.
"Nós nos unimos na Couto, porque foi uma parte dos comerciantes que foram na reunião com o prefeito, que não deu uma resposta e disse que daria uma posição até sexta-feira. Nós estamos com medo, estamos fazendo esse protesto silencioso para que a gente tenha uma resposta viável. Nós não sabíamos que o BRT ia passar pela nossa rua", contou.