Autoridades norte-americanas tinham conhecimento dos planos de fuga do traficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán, segundo documentos do Administração de Combate à Droga (DEA, na sigla em inglês) obtidos pela agência Associated Press.
Os documentos internos da DEA mostram que os agentes ficaram sabendo pela primeira vez dos planos em 2014, cerca de um mês depois de Guzmán ser capturado na cidade de Mazatlan, no México.
Imediatamente após a detenção, que foi considerada um trunfo do presidente mexicano Enrique Peña Nieto no combate aos cartéis de drogas, vários membros da família e aliados do traficante estavam considerando "potenciais operações para libertar Guzmán", mostram os documentos, nos quais ele é identificado como Guzmán-Loera.
Agentes da DEA não tinham informação sobre os planos de sábado (11), quando Guzmán escapou por meio de um túnel subterrâneo próximo a um chuveiro que ficava junto à sua cela.
Em março de 2014, agentes em Los Angeles informaram uma possível operação de fuga financiada por outra organização criminosa operada com apoio do cartel de Sinaloa, de Guzmán. O plano envolvia ameaçar ou corromper funcionários da prisão. Em julho do mesmo ano, a mesma investigação revelou que o filho de Guzmán tinha enviado uma equipe de advogados e de pessoal militar de contrainteligência para planejar um plano de fuga.
Em dezembro de 2014, agentes da Divisão de Campo de Houston relataram que um general do Exército mexicano disse que "um acordo havia sido alcançado para libertar tanto Guzmán como o líder do cartel Loz Zetas Miguel Angel 'Z-40' Tevino-Morales."
Fonte: iG