Nacional

Comandante da PM do Rio diz que polícia deve reavaliar modo de agir durante protestos

 
"Vamos fazer uma reavaliação. O que foi acordado não está de acordo com a boa prática policial. Havia o entendimento da sociedade organizada que a dispersão [com gás lacrimogênio] provocava essas depredações. Ontem ficou provado que é necessária a dispersão", disse.
 
Preocupada com a ameaça de protestos durante a vinda do papa Francisco na próxima semana, a corporação atribuiu parte do caos ocorrido na madrugada no Leblon e em Ipanema ao acordo de redução de uso de armas não letais negociado com a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Anistia Internacional, em reuniões ao longo da semana.
 
O presidente da OAB-RJ, Felipe Santacruz, afirmou que a PM "não tem como transferir a falta de preparo".
 
"O comandante da PM convidou a OAB a colocar advogados no cordão de isolamento entre policiais e manifestantes. Acho que não é o papel de advogados voluntários. Reconhecemos que não está sendo fácil para ninguém, é uma manifestação de caráter híbrido. A ausência da polícia nos preocupa. O que queremos é a detenção dos que estão praticando atitudes fascistas", disse ele.
 
O secretário de Segurança Pública do Estado, José Mariano Beltrame, afirmou que a Polícia Militar está estudando a cada manifestação a melhor maneira de atuar. Segundo Beltrame, os casos de vandalismo são provocados por "turbas" que, "por vezes, colocam a polícia entre a prevaricação e o abuso de autoridade".
 
"A solução é intermediária. Estamos aprendendo nesse processo com coisas não conhecidas, coquetéis molotovs, pessoas mascaradas. É um cenário diferente", defendeu o secretário.
 
O comandante da Polícia Militar, coronel Erir da Costa Filho, que também estava na entrevista coletiva concedida agora há pouco, afirmou que o batalhão está preparado, mas há uma dificuldade porque não existem líderes nas manifestações. "A negociação é virtual, com quem vamos falar? Não temos com quem negociar", disse.
 
 
Folha 
 

Redação

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