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Com sete horas de duração, reconstituição da morte de Isabele simula disparos

A reconstituição da morte de Isabele Guimarães Ramos, 14, durou 7 horas e terminou por volta de 1h40 desta quarta-feira (19). Servidores da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) reproduziram a noite de 12 de julho na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville, quando Isabele foi morta com um tiro no rosto pela melhor amiga, uma adolescente também de 14 anos. Foram simulados 3 disparos, com diferentes ângulos do atirador.

Compareceram à reconstituição todas as pessoas intimadas pela Polícia Civil, exceto a adolescente que atirou contra Isabele, que apresentou laudos de psicólogo e psiquiatra para não participar do procedimento. Quarenta e um profissionais participaram da reprodução, que simulou os disparos utilizando duas atrizes no papel de Isabele e da amiga.

Para garantir o isolamento da casa, foram montados bloqueios no perímetro com 3 níveis, incluindo a rua onde está localizada a casa da família Cestari, na qual só puderam ter acesso os moradores. A 100 metros da casa somente circularam pessoas que estavam envolvidas na reconstituição.

O procedimento começou às 19h33 e foi acompanhado pelos advogados das famílias e também por um membro do Ministério Público do Estado (MPE). O Objetivo da reconstituição é esclarecer dúvidas sobre a movimentação na casa na noite do crime e também nas versões dadas pelas testemunhas sobre a morte.

Após a reconstituição será produzido um laudo, que será somado aos demais laudos do processo. Após o documento da reconstituição, a expectativa é que o inquérito policial seja concluído em 10 dias.

Relembre o caso

Isabele foi morta com um tiro de pistola no nariz quando estava no banheiro da suíte da melhor amiga. Ela havia passado a tarde na casa da família Cestari para fazer uma torta. Segundo a versão da adolescente que efetuou o disparo, a maleta com as armas caiu e ao pegar as pistolas aconteceu um tiro acidental quando ela estava na porta do banheiro.

No entanto, o laudo da Politec mostra que o atirador estava dentro do banheiro e apontou a arma diretamente para a vítima, efetuando o tiro à curta distância – entre 20 e 30 centímetros, e que o disparo não foi acidental.

A família de Isabele também denunciou que o local do crime não foi isolado corretamente e que policiais amigos de Marcelo Cestari estiveram no local, inclusive ajudando nas investigações, mesmo sem estarem atuando oficialmente no caso.

Redação

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