Foto: Arquivo CMT
Médicos de Cuiabá podem entrar em greve a partir de desta quarta-feira (02). A informação é do Sindicato dos Médicos (Sindimed), que confirmou que na Assembleia Geral desta quarta-feira (02), tudo aponta que uma greve da categoria seja deflagrada. Isso porque, segundo os médicos, a Prefeitura de Cuiabá não estaria honrando com os pagamentos.
“Provavelmente vamos optar pela greve. Fizemos três paralisações no mês de novembro para que a prefeitura se manifestasse. Nem mesmo um calendário de pagamento foi feito”, afirma presidente do Sindimed, Eliana Siqueira.
A presidente alega ainda que ao invés de terem respostas positivas, foram surpreendidos com Projeto de Lei enviado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB). O projeto altera a Lei Complementar nº 200/2009, para viabilizar a Correção das Horas Extras e aumento da jornada de trabalho dos médicos lotados nas unidades do Programa de Saúde da Família. “O que o prefeito quer é aumentar a carga horária do médico sem aumentar o salário, isso é um absurdo", diz a presidente.
Quanto aos salários em atraso, Siqueira afirma que, há casos de profissionais que o município deve até R$ 18 mil. O prefeito Mauro Mendes por sua vez, garantiu durante vistoria as obras do novo pronto-socorro de Cuiabá, na terça-feira (01), que todos os pagamentos foram feitos no dia 30 de novembro.
A secretária-adjunta de Planejamento e Operações da Secretaria Municipal de Saúde, Iracema Maria de Queiroz, também confirmou que os pagamentos estão em dia. “Não vou dizer que não haja alguma inconformidade administrativa, mas se houver será reparada. Mas isso é um caso pontual”, garantiu a secretária.
Caso a greve seja deflagrada Iracema afirmou que a prefeitura vai dar garantia nos atendimentos. “Os atendimentos de urgência e emergência terão que continuar”, frisa.
Atos – Nos dias 12, 20 e 25 de novembro os médicos chegaram a suspender as atividades nas policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento de Cuiabá. Na ocasião, somente os casos de urgência e emergência foram atendidos. O secretário de saúde da capital, Ary Soares Júnior chegou a apontar as manifestações como perseguição política. Contudo, o sindicato alega que não está filiado a partido nenhum e que somente estão cobrando seus direitos.