Mãe de criança assediada por sargento preferiu não se identificar (Foto: G1)
A mãe da menina de 10 anos que diz que foi sexualmente atacada por um sargento da PM em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirma que o suspeito se escondeu na casa da mãe dele após as fotos do carro começarem a circular pelas redes sociais. Ela diz ainda que a filha não quer mais sair de casa e pediu aos pais para se desfazer de sua bicicleta.
O caso ocorreu no último sábado (17), no bairro Canto do Forte, por volta das 18h30. A menina andava de bicicleta na rua com outros dois primos quando foi abordada pelo PM que estava dentro de um carro preto. Segundo depoimento, ele estava sem as roupas de baixo e tentou puxá-la para dentro do veículo. Um vídeo registrou o crime e o sargento foi preso preventivamente por 30 dias após a própria esposa ter avisado as autoridades que ele seria o autor do crime.
Em entrevista, a mãe da vítima, que prefere não se identificar, agradeceu à esposa do sargento e elogiou a atitude da mesma. "Na hora ela já acionou a Polícia Militar contando o que tinha acontecido, que tinha foto e que queria ajudar", afirma.
Ela afirma também que a própria esposa do suspeito começou a investigar seu paradeiro e descobriu que ele estava escondido na casa da própria mãe. "Ela foi procurar onde [o sargento] estava escondido. Ele estava escondido na casa da mãe dele. Depois disso a viatura chegou lá, conversou com ele e convenceu ele a se entregar".
Apesar do policial já estar preso, a mãe diz que sua filha está com medo e pediu aos pais que se livrassem da bicicleta que ela usava no momento em que foi abordada pelo sargento. "Ela agora não sai mais. Imediatamente ela falou: 'Mãe, leva minha bicicleta embora, não vou mais andar de bicicleta, a não ser com o pai e com a mãe'. Ela está mesmo com medo".
Revoltada, a mãe da criança afirma que não esperava tal atitude de um policial e questionou como pode haver segurança na cidade e uma situação dessas ocorrer. "A gente ficou mais indignado por ele ser um sargento militar, entende? Que segurança a gente vai ter?", conclui.
Em nota, a Polícia Militar disse que a identificação e prisão por ordem judicial foi possível graças ao empenho da população, de seus familiares e do profissionalismo dos policiais civis e coliciais militares que atuaram no caso.
A Polícia Militar ainda informou que o Comandante do Policiamento do Interior Seis determinou a instauração do processo administrativo que poderá levar à aplicação da pena máxima de expulsão da Polícia Militar por conduta desonrosa, além do julgamento pelo Poder Judiciário, se comprovada a sua participação no fato.
Fonte: G1