No último ano, a seca extrema trouxe prejuízos que serão vistos agora já na safra 23/24. Segundo previsão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apenas na soja, a diminuição da colheita será de mais de 15% em comparação com o ciclo anterior. Para driblar cenários como esse, no entanto, os produtores rurais podem utilizar alternativas como os chamados seguros agrícolas.
Essa modalidade possibilita aos agricultores o recebimento de indenizações em caso de perda da safra ou danos à propriedade causados por esse tipo de fenômeno. E justamente para orientar os produtores, esse será um dos temas apresentados pela Cooperativa Sicredi Integração Mato Grosso, Amapá e Pará nesta terça-feira (6), na 50ª Exposul, em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá).
De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), somente 15% das fazendas do país estão seguradas. Em Mato Grosso o segundo semestre de 2023 foi devastador para a produção, uma vez que o agronegócio teve que enfrentar além da onda de calor, bloqueio de nuvens, El Niño e as mudanças climáticas.
Panorama climático que fez o Imea apontar que 87% dos produtores de soja não conseguirão cobrar o custo total desta safra. “O seguro agrícola surge como uma solução para que esse produtor não tenha prejuízos caso ocorram as adversidades climáticas como as enfrentadas em Mato Grosso no último ano. É uma questão de sobrevivência para o campo, tanto para gerenciar as perdas, quanto para resguardar o financeiro”, explica Danilo Vicentim, Diretor Executivo da Cooperativa Sicredi Integração Mato Grosso, Amapá e Pará.
Os seguros agrícolas protegem não apenas contra a seca extrema, mas também de incêndios, chuvas excessivas, granizo, geada, ventos fortes e outras adversidades climáticas, como no Seguro Colheita Garantida da Cooperativa Sicredi Integração Mato Grosso, Amapá e Pará.
Além dos seguros rurais, a cooperativa também levará para o evento temas como as oportunidades do Plano Safra 24/25, alternativas de nutrição para o rebanho no período de seca, como manter a propriedade protegida, assim como a agricultura familiar e o acesso às políticas públicas.