Mato Grosso registrou 57,1% de ausências no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo (17). Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) apontam que 56.498 pessoas faltaram o primeiro dia de provas.
Ao todo, 98.924 pessoas se inscreveram para participar do exame em Mato Grosso. O valor coloca o estado no oitavo lugar das unidades federativas com menor número de inscritos para o teste.
A baixa participação no exame em Mato Grosso segue como sendo um reflexo do panorama nacional. Nesta edição do Enem, realizada em meio ao agravamento da pandemia da covid-19, 51,5% de pessoas faltaram ao exame em todo país.
O valor é o maior da história do Enem, superando até mesmo o recorde de 2009, quando o índice de faltas foi de 37,7%.
Realização do exame já havia sido adiada, uma vez que o Enem, tradicionalmente, é feito no final do ano. À época, o adiamento da prova foi tema de discussão, o que fez com que o teste fosse remarcado para os dias 17 e 24 de janeiro.
Em comunicado oficial, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, não comentou sobre o elevado número de ausências na prova. Antes disso, o gestor se reservou a dizer que a realização da prova durante a pandemia foi algo "vitorioso".
"Pude ver, em meio a essa pandemia que vivemos, as coisas caminharem muito bem durante a aplicação. Gostaria de qualificar o Enem, no meio da crise sanitária, como algo vitorioso para não atrasar mais a vida de milhões de estudantes. Não atrasamos a educação brasileira", afirmou o ministro.
Além do alto número de abstenções em todo país, 69 participantes foram afetados diretamente por ocorrências adversas como emergências médicas, interrupção de energia, problemas com abastecimento de água e outros impedimentos durante o exame.
No grupo dos eliminados, 2.967 pessoas tiveram suas provas invalidadas por descumprirem as regras da prova, como portar equipamento eletrônico, sair antes do horário ou não respeitarem as medidas de biossegurança.