O cinema brasileiro bateu recorde no ano passado, com o maior número de estreias nacionais de sua história, segundo dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema). Foram 143 longa-metragens, 97 delas do gênero ficção, 45 documentários e uma animação.
De acordo com o Informe Preliminar de Acompanhamento de Mercado, divulgado nesta segunda-feira (30) pela agência federal, os filmes brasileiros foram responsáveis por 30,4 milhões dos bilhetes comercializados durante o ano, uma participação de 16,5% no total de vendas, contra 13% de 2015. O número representa uma movimentação de cerca de R$ 362 milhões
Bilheteria
O levantamento também mostra crescimento do total de ingressos vendidos no país. Foram 184,3 milhões em 52 semanas cinematográficas, no oitavo ano consecutivo de crescimento do mercado. As receitas de bilheteria bateram R$ 2,6 bilhões em 2016, ante US$ 2,3 bilhões no ano anterior.
A Ancine aponta o crescimento do parque exibidor brasileiro como um dos principais fatores da expansão. O ano encerrou com 3.168 salas de cinema em funcionamento. Foram inaugurados 66 complexos, com 188 novas salas. Outros dez complexos foram reabertos e 16 ampliaram seu número de telas.
A região Nordeste, com 10%, e Centro-Oeste, com 7%, apresentaram as maiores taxas de crescimento. A quantidade total de espaços para exibição de filmes ainda é, no entanto, menor do que a marca histórica registrada em 1975, quando haviam 3.276 salas no país.
Mulheres atrás das câmeras
Do total de filmes brasileiros que estrearam em 2016, a maior parte (112) foi dirigida por cineastas do sexo masculino. Apesar disso, o número de produções comandadas exclusivamente por mulheres bateu recorde: foram 29. Já o percentual de representação dos filmes com direção feminina no total de lançamentos ficou em 20,3%, o segundo maior da série histórica, iniciada em 2009.
Fonte: G1