Os colegas do curso de formação do aluno Rodrigo Claro prestaram homenagem ao amigo no dia em que seria sua formatura. Na quinta-feira (1), na sede do Comando da Corporação, em Cuiabá, 36 alunos da turma de Bombeiros compuseram um grito emocionante.
No trecho da canção, os formandos pedem a proteção de Claro para as ações do dia-a-dia da corporação. “Ei, Claro, escute essa canção, eu quero sua ajuda quando o alarme aqui soar, salvamento em altura me ajuda a escalar, quero que seja meu canga quando eu for mergulhar, dentro de um incêndio eu preciso também pra salvar o cidadão que do fogo é refém”.
Nem a mãe, Jane Patrícia Lima Claro, 37, e o pai, o subtenente bombeiro Antônio Claro, 43, de Rodrigo não foram a formatura. O pai, que já faz parte da corporação, formaria com o filho e seria promovido.
O CASO
O aluno do Curso de Formação do Corpo de Bombeiro de Mato Grosso, Rodrigo Claro, morreu na noite do dia 15 de novembro após passar cinco dias internado no Hospital Jardim Cuiabá, na Capital. Ele deu entrada no hospital com aneurisma cerebral após ter recebido, supostamente, uma série de afogamentos propositais em um processo conhecido como "caldo" durante o curso que era realizado na Lagoa Trevisan. O Corpo de Bombeiros diz que mal-estar teria sido provocado após uma travessia na Lagoa Trevisan.
Durante o velório do jovem realizado na sede 1º Batalhão de Bombeiros Militar, a mãe do aluno, Jane Patrícia Lima Claro, contou que Rodrigo disse a ela durante uma conversa pelo celular que estava com medo antes da aula, pois havia uma tenente que ‘pegava no pé’. “Ele me mandou uma mensagem no mesmo dia, dizendo que estava com muito medo porque uma Tenente que ‘pega no pé’ dele estaria lá. Até parece que ele já sabia o que ia acontecer”, contou a mãe.
O avô do jovem, Jair Patrício de Lima, conta que colegas do aluno disseram que Rodrigo teria sido afogado diversas vezes. “Meu neto foi retirado de lá pelos colegas, eles disseram que Rodrigo foi afogado várias vezes. Eles também relataram que ele fez a travessia da lagoa e disse que não aguentava, mas que os instrutores o obrigaram a retornar”.
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