Foto Ahmad Jarrah/ Arquivo CMT
Os motoristas do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande ameaçam entrar em greve na próxima quarta-feira (7), caso as empresas e os trabalhadores não entrem em acordo. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (Sintrobac), Ledevino Conceição, a categoria reivindica aumento salarial de 15% e implantação de um plano de saúde.
Ainda segundo sindicalista, a categoria procurou a Câmara Municipal de Cuiabá para fazer uma “aproximação” com o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) e com a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec). Os vereadores pediram um prazo de sete dias para tentar mediar um acordo.
“Nós estamos aguardando um contato da Câmara dos Vereadores que prometeram fazer uma aproximação com o prefeito e com a Arsec, para ver se conseguem nos auxiliar a resolver esse conflito, sem greve. Esse prazo que eles pediram vence no dia 7, caso não flua nada, nós vamos fazer assembleia e decidir sobre a greve”, disse Ledevino, ao Circuito Mato Grosso.
De acordo com o Sintrobac, até o momento as empresas não apresentaram uma contraproposta aos trabalhadores e afirma que não há “nenhuma possibilidade” de ceder o reajuste pleiteado pela categoria. De acordo com Ledevino, as empresas alegam “estar no vermelho”.
Caso o movimento grevista seja deflagrado, Ledevino diz acreditar que o prejuízo das empresas poderá ultrapassar R$ 500 mil por dia, o que poderia contribuir para obrigar os patrões a apresentarem uma contraproposta.
“Quando vai para greve, pelo menos na primeira audiência na Justiça do Trabalho, já surge alguma proposta. Normalmente eles oferecem pelo menos o índice de inflação acumulada, mas nesse ano não ofereceram nem isso”, afirmou o presidente do Sintrobac.
Impacto na sociedade
Ledevino avaliou que o impacto não será tão grande, uma vez que a população está sendo informada sobre a possibilidade de greve com antecedência. “Nós estamos avisando com antecedência, em tempo hábil para as pessoas e articularem para as empresas buscarem ou arrumarem uma carona, antecipar aquilo que tem que fazer”, disse.
Leia comunicado:
