O Cuiabá, atual campeão estadual, mesmo com altos e baixos, conseguiu se manter na Série C, rebaixando o poderoso Brasiliense-DF para a Série D.
Paralelo a isto, Cuiabá, a capital do Mato Grosso, é uma das cidades sedes da Copa do Mundo tendo na Arena Pantanal, um dos mais modernos estádios do mundo.
De longo, parece que tudo está lindo no futebol do Mato Grosso, mas a realidade é bem outra, com o futebol local sobrevivendo apenas dos esforços pessoais de alguns dirigentes que investem no futebol, como os empresários da família Dresch, no Cuiabá e Helmute Lawisch, no Luverdense.
Os demais clubes sofrem nas mãos na inoperante Federação de Futebol do Mato Grosso, onde o presidente Carlos Orine (foto abaixo) se perpetua faz 40 anos no cargo sem nada trazer de positivo para o futebol local, sendo um dirigente atraso e sem qualquer condição de administrar um futebol em ascensão como o do Mato Grosso.
Com o certame estadual programa para ter seu início na próxima semana, nesta sexta-feira dois times, que já foram campeões estaduais, desistiram de disputar a competição por absoluta falta de dinheiro: Sorriso, de Sorriso e Vila Aurora, de Rondonópolis. Além de Sorriso e Vila Aurora, vários outros clubes do Mato Grosso estão em dificuldades e terão orçamento de irrisórios R$ 30 mil mensal para disputar o certame estadual. Enquanto isto, o presidente da Federação, Carlos Orione, embolsa uma mesada de mais de R$ 100 mil da dupla José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, da CBF.
Preocupados com esta situação vexatória que atravessa internamente o futebol do Mato Grosso, os dirigentes dos clubes começaram a colocar em dúvida a administração de Carlos Orione e apresentaram uma carta (confira em Galeria de Fotos) onde pedem explicações, já que Orione vem recebendo uma mesada de mais de R$ 100 mil da CBF e nada vem dando para os clubes.
A carta, assinada pelos dirigentes Cristiano Luiz Dresch, Ezequiel Rosa Gomes, Helmute Augusto Lawisch, Eder Moraes Dias, Celso Kosak, Zeca Costa, Carlos Luiz Rufino e Márcio Paes da Silva de Lacerda, é uma clara demonstração de insatisfação e de desconfiança na administração de Carlos Orione.
A Federação de Futebol do Mato Grosso é um exemplo claro que os problemas no futebol brasileiro são muito maiores que a briga jurídica entre Portuguesa e Fluminense para saber quem será o rebaixado no Campeonato Brasileiro. Com pessoas como José Maria Marin, Marco Polo Del Nero e Carlos Orione em cargos importantes, somente com atitudes ofensivas de dirigentes de clubes é que o futebol brasileiro poderá evoluir.
MT Agora