Política

Clima esquenta entre debatedores sobre processo de impeachment

O clima esquentou na noite desta quarta-feira (06) no programa “Confronto de Ideias”, da TV Band Mato Grosso, entre os quatro debatedores que defenderão seus pontos de vista quanto Impeachment da presidente Dilma Roussef.

Dos quatro participantes dois eram a favor e ou demias contra o impeachment da presidente. A dupla que argumentou contra o Impeachment da presidente Dilma Roussef foram os jornalista Enock Cavalcanti; e o também jornalista Alexandre Aprá, editor e diretor do blog “Isso é Notícia”. Do lado da defesa do Impeachment estavam o advogado especialista em Direito Processual Penal, Eduardo Mahon, que é também articulista dos principais jornais de Cuiabá; e o vereador por Cuiabá, Maurélio Ribeiro (PSDB).

O clima esquentou entre o jornalista Aprá e Mahon quando debatiam sobre a legalidade ou não do pedido de impeachment. O jornalista chegou a dizer que Mahon agia conforme seus interesses e que seus posicionamentos políticos norteavam sua conduta com advogado. “O advogado Mahon era contra o juiz com o mesmo perfil de Sergio moro, em Cuiabá que era o Julier – que si dizia o moralizador da política. Agora que é contra o PT, o magistrado é bonzinho é legal”, apontou.

Para Mahon o jornalista mede o caráter das demais pessoas com sua própria régua moral. “O que é um erro moral e ético muito grande. Eu sou advogado defendo meus clientes. Sou livre para manifestar minhas posições, sejam favoráveis ao juiz Sérgio Moro, seja a Doutora Selma Rosane, seja de Julier que era um juiz midiático, tanto que saiu da magistratura para ir para a politica. Sou um critico, pois no fim das contas quem é o fiscal das leis não é o Ministério Público, mas sim os advogados que anulam os processos”, defendeu-se.

Para Enock Cavalcanti as chamadas ‘pedaladas fiscais’ não são crimes de responsabilidade fiscal, que argumente um pedido de impeachment. “Pedalada fiscal não é crime de responsabilidade. Isso tem sido dito reiteradamente em diversos fóruns deste país. Claro que as pedaladas são golpes para o PSDB, para aqueles que querem suspender o calendário eleitoral, aqueles que querem tumultuar a democracia brasileira e mergulhar esse país no caos. Eles não têm a paciência democrática para esperar o ano de 2018, para que todos nós participemos de uma nova eleição e o povo brasileiro eleja o seu representante. Não um congresso corrupto, ou um grupo de magistrados do TSE. É um direito sagrado do nosso povo e nós temos que defendê-lo. Nós lutamos numa ditadura para retomar essa conquista, não podemos abrir mão dela”, pontou. 

Mahon rebateu: “É curiosíssimo como o Enock fala que a presidente foi eleita democraticamente e não concorda com nada que ela faz. Não concorda com a politica econômica, com as pedaladas, com os arranjos políticos dos mais cafajestes que há no Brasil. Então ele é uma pessoa que defende somente a figura da presidente, mas não defende o vice-presidente. Defende Dilma, mas não defende no seu representante no senado. O que estão chamando de erros [as pedaladas fiscais], é crime na lei 1079 artigo 4º está dizendo sobre improbidade administrativa e contra a lei orçamentária. Ser conivente é crime, Dilma também maquiou as contas e hoje nós estamos quebrando para se eleger”.

Enock discordou e disse que: Isso [o processo de impeachment tem dado um avivamento nos movimentos sociais como MST, os trabalhadores, os artistas, o que fará o PT dar um ‘cavalo de pau’ nessas decisões vacilantes na economia, com a presidente Dilma Roussef. Ela não tem que jogar gracinhas para os capitalistas para poder apaziguar a situação. Ela tem que governar para a maioria do povo e executar o programa que a elegeu e isso certamente pós esse processo golpista”.

Para o vereador Maurélio Ribeiro (PSDB) a crise que  país enfrenta cobra medidas urgentes do congresso e do judiciário. “Em 2015, só em Cuiabá 15 mil pessoas pediram o seguro desemprego; 100 mil lojas foram fechadas no Brasil, 181 mil empregos formais foram extintos só no comércio. O nosso PIB vai recuar em 2016 3,6%em São Paulo as industrias então fechando.. que Brasil é esse? O que essa administração petista fez com o sonho dourado que estávamos vivendo? A população sabe que esse sangramento crônico, por mais lento que ele seja, ele vai acabar matando o paciente. O Brasil vai morrer a mingua”, concluiu.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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