Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência da República, criticou nesta segunda-feira (26) a campanha pelo voto útil e disse ser vítima de uma ação nacional e internacional para a retirada de sua candidatura. "Nada deterá a minha disposição em seguir em frente", comentou o candidato.
O pedetista havia divulgado na noite de domingo (25) que faria a leitura de um manifesto à nação sobre o momento político do país. O pronunciamento foi transmitido ao vivo nas redes sociais do presidenciável.
Com críticas ao ex-presidente Lula (PT) e ao atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) — os presidenciáveis mais bem colocados na corrida ao Planalto —, Ciro disse que o debate político está reduzido a um "choque oportunista entre o suposto bem e o suposto mal", e que o Brasil está "na iminência de sofrer a maior fraude eleitoral da história". "Não a mentirosa fraude eleitoral das urnas eletrônicas, mas a fraude do estelionato eleitoral", completou.
"Lula e o PT passaram 14 anos no poder e deixaram o Brasil com os mesmos problemas que encontraram. A prova disso é a rápida evaporação dos efeitos da fugaz benesse que conseguiram produzir impulsionada por ciclos favoráveis das commodities", disse o candidato, apresentando-se como a suposta "legítima opção para livrar o país de um presente covarde e de um futuro amedrontador".
Em seguida, Ciro atacou o presidente Jair Bolsonaro ao mencionar o aumento no número de pessoas em situação de insegurança alimentar e as alianças com o Centrão. "Bolsonaro acrescentou conteúdos gigantescamente mais pavorosos", disse.
"Transformaram o país em um modelo político baseado no conchavo, no 'toma lá, dá cá', e em uma das engenharias financeiras mais perversas conseguiram transformar uma dívida pública de R$ 600 bilhões em uma dívida que ultrapassa R$ 7 trilhões", completou.
Ciro encerrou o pronunciamento dizendo que não vai desistir da candidatura. "Minha candidatura está de pé para defender o Brasil em qualquer circunstância", finalizou.