Conforme previsto por meteorologistas, as cinzas expelidas por erupções do vulcão Calbuco, no Chile, chegaram ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (24).
Imagens de satélite feitas no início da tarde mostram que nuvens causada pelo fenômeno já cobrem a cidade de Chuí, no extremo sul gaúcho, e também cidades da Campanha, na fronteira com o Uruguai.
Segundo o meteorologista Leandro Puchalski, da Central de Meteorologia do Grupo RBS, um novo modelo de dispersão das cinzas vulcânicas mostra que elas devem chegar a Porto Alegre. “Isso pode ocorrer entre a noite desta sexta (24) e a tarde de sábado (25).”
O meteorologista diz que as cinzas devem ficar apenas em altas altitudes e que não deve haver precipitação, como ocorre nas áreas mais próximas ao vulcão localizado na região turística dos Lagos, 900 quilômetros ao sul de Santiago, a capital chilena.
Efeitos
O Sistema Metroclima, da Prefeitura de Porto Alegre, também está monitorando o avanço da nuvem de cinzas vulcânicas.
Segundo os meteorologistas do órgão, caso as cinzas cheguem à capital a expectativa é de que os efeitos na superfície sejam “ínfimos”, mas elas devem deixar o céu com uma coloração acinzentada.
O 8º Distrito Meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por sua vez, afirma que não está avaliando o avanço da nuvem e que deve trabalhar com os efeitos do vulcão apenas na previsão do tempo.Já o setor de aviação está em alerta. O Quinto Comando Aéreo Regional (V Comar), com sede em Canoas, avisa que o Centro de Gerenciamento de Navegação Área (CGNA) está monitorando o avanço das cinzas para ver se elas podem restringir pousos e decolagens no Aeroporto Salgado Filho, na capital.
Em 2011, uma situação parecida foi registrada no Rio Grande do Sul. O material do vulcão chileno Puyehue cobriu parte de cidades gaúchas e deixou em alerta órgãos de saúde, além de causar cancelamentos de diversos voos e fechamentos de aeroportos como o de Bagé, na Campanha.
Fonte: G1