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Cinco tratamentos para o câncer de mama são incorporados ao SUS

O Ministério da Saúde vai incluir cinco novos procedimentos para tratar câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida é parte do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para a doença, lançado ontem. A pasta também anunciou a inclusão da videolaparoscopia para oncologia no SUS. A técnica permite realizar cirurgias minimamente invasivas.

Os PCDTs são documentos que padronizam tratamentos e definem critérios para diagnóstico e uso de medicamentos para uma doença. Com a instituição do protocolo, os cinco tratamentos a serem incorporados no SUS são: inibidores das quinases dependentes de ciclina (CDK) 4 e 6, medicamentos que interrompem o processo de divisão e multiplicação das células, podendo prolongar a sobrevida das pacientes; trastuzumab entansina, anticorpo que ataca células cancerígenas específicas, retardando o seu crescimento; supressão ovariana medicamentosa e hormonioterapia parenteral, tratamentos hormonais com resultados positivos contra a doença; fator de estimulador de colônia para suporte em esquema de dose densa; ampliação da neoadjuvância para estádios I a III, tratamento anterior ao principal, que visa a reduzir o tumor.

Em relação ao uso da videolaparoscopia, o ministério destaca que, além dos benefícios às pacientes, há impacto positivo na gestão do sistema de saúde. “Com tempo de internação mais curto e menor necessidade de reintervenções por complicações, a técnica contribui para a otimização de recursos”, avaliou a pasta.
Esse tipo de procedimento é feito com pequenos furos e, por isso, permite uma recuperação mais rápida e com menos riscos do que cirurgias abertas. Para a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a inclusão do procedimento é um avanço importante, já que as cirurgias são recomendadas para 60% dos pacientes.

DIAGNÓSTICO

A pasta também anunciou medidas para acelerar o atendimento de pacientes com câncer de mama, integrando diagnóstico e tratamento ao Programa Mais Acesso a Especialistas. Com isso, pacientes que precisem de consulta ou exame especializado não serão mais colocados em várias filas de espera.

A jornada de atendimento passará para a Atenção Especializada em Oncologia. Assim, o paciente será encaminhado a serviços de saúde capazes de realizar a maioria ou todos os procedimentos necessários. Com essas mudanças, o tempo médio para diagnóstico e início do tratamento, que antes ultrapassava 18 meses, deve ser reduzido para 30 dias, diz o ministério.

Estadão Conteudo

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