A tentativa de assalto a uma casa lotérica, na região do Morado do Ouro, em Cuiabá realizada em abril deste foi solucionada esta semana. Cinco suspeitos foram presos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), que descobriu que o vigilante baleado no assalto estava envolvido na tentativa de roubo. A ação teve ainda a participação de um ex-funcionário da empresa de transporte de valores.
O último envolvido, Adilson Pereira da Silva, conhecido por "Pokemon", foi preso, na tarde de terça-feira (28), em Várzea Grande, em cumprimento de mandado de prisão. Ele era funcionário da empresa de transporte de valores e foi demitido há cerca de um mês.
Os cinco envolvidos, sendo quatro presos ao longo da investigação e recolhidos em unidades prisionais de Cuiabá e Várzea Grande, foram apresentados às 10 horas, desta quarta-feira (29), na Derf (Verdão), pelo delegado Frederico Murta, que dará maiores detalhes do esclarecimento do crime.
Em maio, Caique de Jesus França foi detido, e no mês de junho Nathan Leandro da Silva Nascimento e Pierre Danny Amaral Radoux. Os três participaram efetivamente da tentativa de roubo e durante interrogatório apontaram o envolvimento de funcionários da empresa, dentre eles, o próprio vigilante Wagner Santos Silva, 29 anos, que foi alvejado na ação criminosa.
A tentativa de roubo ocorreu durante o serviço de coleta de numerário na casa lotérica, realizado por uma empresa de segurança armada. Na ocasião, dois homens armados surpreenderam um dos vigilantes, o renderam e abriram fogo contra o restante da equipe.
A intensa troca de tiros foi registrada pelas câmeras de segurança da Lotérica e do estabelecimento vizinho. Na troca de tiros, o vigilante Wagner Santos Silva foi alvejado na cabeça por disparo de armas de fogo. Os criminosos fugiram do local sem levar o dinheiro.
"Adilson e o vigilante Wagner foram os responsáveis pelo fornecimento de informações acerca de valores e rotas da empresa, sendo que Wagner teria a função de facilitar a ação dos perpetradores", explicou o delegado.
O vigilante Wagner Santos foi preso em julho. Todos os envolvidos serão indiciados pelos crimes de tentativa de latrocínio e associação criminosa. Eles estão presos por mandado de prisão temporária (30 dias) e terão a prisão preventiva representada na conclusão do inquérito policial, nos próximos dias.
(Assessoria)