Cidades

Cientista recorre à internet para obter recursos de pesquisa

Uma imunologista norte-americana responsável por um consórcio internacional que desenvolve medicamentos contra o vírus ebola recorreu à internet para buscar recursos necessários para acelerar a pesquisa.O grupo liderado por Erica Ollman Saphire, uma professora no Instituto de Pesquisa Scripps, em San Diego, ajudou a formular o soro experimental ZMapp, que foi usado para tratar dois socorristas norte-americanos que contraíram ebola na Libéria e se recuperaram.

Segundo informações da Reuters, Saphire fez o pedido de fundos no site www.crowdrise.com/CureEbola, buscando levantar pelo menos 100 mil dólares em contribuições para a compra de equipamentos que permitirão aos cientistas analisar mais rapidamente amostras de sangue com anticorpos de sobreviventes da febre hemorrágica.

Até esta terça-feira (14), mais de 17 mil dólares foram levantados. O pedido de recursos foi publicado na sexta-feira.A epidemia atual de ebola, a pior já registrada, matou mais de 4 mil pessoas neste ano, a maior parte em países do oeste da África, como Libéria, Serra Leoa e Guiné.O vírus matava no passado até 90% das vítimas. Mas na epidemia atual quase 40% dos pacientes sobreviveram sem tratamento farmacêutico, segundo o médico Thomas Geisbert, especialista em doenças infecciosas na Universidade de Texas, em Galvestron.O ZMapp foi desenvolvida em parceria com a companhia norte-americana Mapp Biopharmaceutical.

Tratamentos experimentais
Até o momento, não há medicamentos ou terapias específicas aprovadas contra o ebola. Algumas das estratégias experimentais que, em alguns casos, estão sendo aplicadas nos pacientes infectados incluem transfusão de sangue de pacientes que se curaram do ebola, além das drogas ZMapp, do laboratório Mapp Biopharmaceutical; Brincidofovir (CMZ001), do laboratório Chimerix; BCX4430, do laboratório BioCryst Pharmaceuticals, todos dos Estados Unidos, além do TKM-Ebola, do laboratório Tekmira Pharmaceuticals, do Canadá.

Mais de 4 mil mortos
A pior epidemia de ebola já registrada matou 4.033 pessoas, de 8.399 casos (e suspeitas) até o dia 8 de outubro na África Ocidental, de acordo com o último balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado nesta sexta-feira (10). Segundo a organização, os casos estão em sete países: Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Espanha e EUA.A OMS divide os locais afetados em duas categorias: aqueles que têm casos generalizados e transmissão intensa (Guiné, Libéria e Serra Leoa) e os que têm poucos casos ou transmissões localizadas (Nigéria, Senegal, Espanha e EUA).

Guiné – São 1.097 casos confirmados e um total de 253 prováveis e suspeitos. Ao todo, morreram 778 pessoas no país, entre casos diagnosticados e suspeitos.

Libéria – Ao menos 943 casos foram confirmados e 3.133 suspeitos e prováveis. Ao todo, 2.316 pessoas morreram no país, entre pessoas diagnosticadas e casos suspeitos.

Serra Leoa – Foram 2.593 casos – entre confirmados e suspeitas – e um total de 930 mortes, entre diagnosticados e casos suspeitos.

Nigéria – São 19 casos confirmados e um provável contaminado. Ao todo, morreram oito pessoas no país – uma delas sem comprovação da doença.

Senegal – O país registra um caso da doença, sem mortes.

Espanha – Há uma confirmação do vírus ebola.

Estados Unidos – O país registrou um caso confirmado, e a mesma pessoa morreu.

G1

Redação

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