Política

Cidinho diz que Silval Barbosa ‘inventou líder fictício’ de esquema

O senador Cidinho Santos (PR) disse que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) “inventou um líder fictício” para montar a deleção premiada entregue à Procuradoria Geral da República (PGR). O parlamentar afirma que a estratégia foi atribuir as operações de supostos esquemas ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), governador de Mato Grosso por dois mandatos, para que Silval exercer o papel de delator.

“Não existiu nada daquilo que o Silval Barbosa disse. Ele precisou inventar um líder fictício para pode ser o delator do esquema, ele não poderia ser o líder e o delator ao mesmo tempo”, disse o senador em entrevista à rádio Capital FM, nesta terça-feira (29).

Cidinho diz que fez visita à prisão para o ex-governador Silval Barbosa em abril deste ano em “solidariedade” e negou que tenha havido conversa com pedido de que Silval não realizasse a delação premiada homologada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no começo deste mês.

“Eu fui lá fazer um gestor humano. Não houve nenhum pedido para que ele não fizesse delação. Eu disse que ele deveria fazer o que fosse melhor para ele, mas também não disse que ele iria sair logo da prisão. Você não vai ao hospital e diz ao paciente terminal que ele vai sair logo de lá”.

O ministro da Agricultura Blairo Maggi teria tentado intervir nas investigações da denominada Operação Ararath entre os anos de 2014 a 2017, segundo delação de Silvio César Araújo, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) à Procuradoria Geral da República. A delação foi divulgada nesta sexta-feira (26) por autorização do ministro do STJ, Luiz Fux.

Inicialmente, em 2014, para que Maggi ficasse blindado de eventual investigação em andamento, Éder Moraes, pessoa de confiança de Blairo Maggi, passou a recomendar que o advogado Sebastião Monteiro fosse contratado por Gércio Marcelino Mendonsça Júnior, Silval Barbosa e Genir Martelli, quando fossem eles alvos de medidas cautelares contra si deflagradas no âmbito da Operação Ararath .

Como exemplo, Eumar Novacki, outro braço direito de Maggi, e seu assessor, indicou o advogado Sebastiăo Monteiro, advogado pessoal do ministro, a Silval Barbosa, sob a justificativa de que sua contratação daria uniformidade a defesa.

Redação

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