Cidades

Ciclistas realizam campanha contra acidentes no trânsito

O nosso trânsito a cada dia que passa se torna mais caótico e o modelo atual de mobilidade é insustentável. O foco no veículo motorizado é o erro mais comum das cidades em crescimento, atualmente gestores no Brasil e pelo mundo buscam formas alternativas de romper com esse paradigma criado. 

Cuiabá está fazendo 297 anos de história, todavia o que encontramos em termo de planejamento de trânsito faz com que os ciclistas, corredores, pedestres, cadeirantes e demais cidadãos não comemorem essa data, o que assistimos diariamente é um total descaso quanto a essas demandas.

Atualmente a cidade conta com quatro ciclovias sendo duas de competência municipal,  são elas a ciclovia da Avenida das Torres e a Tatsumi Koga e duas de competência Estadual – Mario Andreazza e Arquimedes Pereira Lima. Referente às Ciclovias nada precisa se explanado com profundidade basta o Ciclista Cuiabano tentar passar de bicicleta por elas para perceber o total abandono, carros estacionados, falta de segregação, tráfego de motos, falta de sinalização, lixo, dentre inúmeros outros problemas que podem ser citados.

Resumidamente o cuiabano não tem ciclovias para utilizar no seu dia a dia, não tem uma forma segura de utilizar a bicicleta se obrigando a contrariar a própria legislação de trânsito e andar pelas calçadas a fim de manter sua integridade física – mais grave é a postura de gestores que mantém  administração de forma omissa há mais de seis anos sem investimentos anuais, sendo coniventes com os inúmeros acidentes e mortes que ocorrem diariamente no trânsito.

Cuiabá hoje é a segunda cidade com maior número de obesos e contrariando qualquer lógica plausível os próprios órgãos municipais e estaduais não tem banheiro com chuveiros para seus funcionários optarem em se deslocar de uma forma mais saudável e sustentável,  deixando seus carros em casa e optando por melhor qualidade de vida, dessa forma, os gestores preferem manter gastos com saúde pública, remédios, médicos e  tratamentos ao invés de oferecer uma alternativa viável de incluir os exercícios físicos na rotina do cidadão.

A falta de política orientativa leva o cidadão ao desconhecimento, o motorista não tem noção de que o ciclista é proibido de andar na calçada, que a rua é de todos, que deve dividir o espaço com a bicicleta, manter distância de 1,5 metros de distância e que qualquer descumprimento nessa ordem geraria multa para o apressado.  O Estado e o Município de Cuiabá se unem hoje para investir 13,5 milhões em uma obra que será provavelmente desfeita quando o VLT voltar a ser construído e quanto dinheiro será investido em adequação viária e informação para a população sobre a bicicleta?

Nessa semana cabe a reflexão quanto aos caminhos que a cidade e seus gestores têm adotado quando se fala de mobilidade urbana, os ciclistas gritam por socorro, quanto tempo demorará para vermos alguma atitude? Quantos ciclistas vão morrer para que uma postura conjunta séria seja traçada pela Prefeitura de Cuiabá e o Estado de Mato Grosso? A bicicleta faz parte de nossa história, merece respeito,  investimento e pode ser parte da solução para um caos anunciado do trânsito da nossa capital, tudo que queremos é uma Cuiabá melhor para todos.

 
Carla Rocha, advogada, publicitária, integrante do Movimento #NãoQueroMorrerNoTrânsito e apaixonada pela Bicicleta.

 

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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