São 26 internos com dependência química (álcool e drogas) que correm o risco de ter o tratamento interrompido inclusive, sem chance de retomá-los tão cedo em uma unidade pública porque o Hospital Adauto Botelho também já está fechado para novas internações.
O Complexo 3, que tem a função de tratar, recuperar, promover a reinserção social e formação de multiplicadores na política sobre drogas, poderá ser transformado em um Centro de Formação e Profissionalização sob a gestão da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Secitec).
No ofício, com data de 03 de setembro, última terça-feira, endereçado ao secretário de Estado de Saúde, Jorge Araújo Lafetá, a Sejudh alega que o motivo de tal solicitação deve-se ao fato da notícia de que os espaços do Complexo 3 estariam ociosos. E solicita principalmente a desocupação do “bloco de ambulatório”.
O assunto para que seja providenciada a desocupação com urgência do Ciaps complexo 3 gerou uma reunião da diretoria do Ciaps com a direção do Hospital Adauto Botelho na tarde desta quinta-feira (04), durante a qual ficou definido o encaminhamento de um documento à Sejudh na tentativa de reverter a decisão da Sejudh.
Neste Ciaps são atendidos pacientes de todo o Estado de Mato Grosso, moradores de rua, ou que se perderam no caminho da vida em decorrência do uso de substâncias químicas, ou a pedido de seus familiares, cuja porta de entrada é o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e a Central de Vagas, no Adauto Botelho, que faz a regulação de atendimento no interior.
A sede de atendimento é o Centro de Atenção Psicossocial Adauto Botelho, porém lá se encontram casos clínicos para a complexidade de saúde mental. Além da sede o Adauto possui mais seis unidades, cada uma com sua especificidade, sendo o complexo 3, ao lado do Detran, uma delas.
