As chuvas na área central do Brasil, que normalmente começam na segunda quinzena de setembro, devem demorar mais para chegar neste ano. Além disso, a tendência é que o volume de precipitação em setembro, outubro e novembro ocorra abaixo da média histórica. A previsão é do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Segundo o coordenador-geral de Operações e Modelagem do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Marcelo Seluchi, esse quadro é causado pela falta de umidade no ar aliada ao baixo volume de chuvas na região amazônica nos últimos meses, responsável por criar os sistemas de precipitação que chegam a essa parte do país.
Por causa da falta de umidade, a primeira quinzena de setembro deve registrar temperaturas altas, quadro que deve se estender até que ocorram as primeiras chuvas. Na última semana, a Defesa Civil do Distrito Federal declarou estado de emergência, por causa do baixo índice de umidade relativa do ar, que chegou a 11%.
O Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal do MCTIC é formado por especialistas do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Também estão representados órgãos ligados à área de climatologia, hidrologia e desastres naturais, como a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme).