A situação mais dramática é em Nova Iguaçu, na Baixada, onde há um desaparecido e cerca de mil pessoas desabrigadas.
O prefeito Nelson Bornier (PMDB) fechou as 127 escolas municipais e decretou estado de calamidade pública. Moradores tentavam usar colchões de ar como canoas para deixar suas casas e escapar do alagamento.
O morador do bairro de Rodilândia Martinho da Silva, 50, estava desaparecido até as 13h.
Os alagamentos pararam vias de acesso ao Rio, como a rodovia Presidente Dutra, e provocaram atrasos e interdições no transporte sobre trilhos.
Os trens ficaram parados desde cedo nos ramais de Belford Roxo e Saracuruna, que levam trabalhadores da Baixada para o Rio. No metrô, cinco estações foram interditadas na linha 2, entre Pavuna e Colégio.
Muitas famílias da zona norte da capital não conseguiram sair de casa. Morador da favela de Vigário Geral, Carlos Souza, 35, contou à Folha que está ilhado em seu apartamento desde o início da manhã.
"Estou preso em casa, observando as pessoas enfrentando a água com barcos ou pranchas de surf", disse.
Enquanto o prefeito Eduardo Paes (PMDB) pedia na TV que a população ficasse em casa, milhares ainda se arriscavam para tentar chegar ao trabalho.
As cenas de desespero se repetiam em vias que dão acesso ao centro Rio, como a Radial Oeste, que ficou inundada próximo ao estádio do Maracanã, e a avenida Brasil.
Na Brasil, motoristas chegaram a voltar na contramão com medo de arrastões. Outros abandonaram seus carros perto de bolsões de água e tentaram escapar a pé nas proximidades de Manguinhos, na zona norte.
Fonte: Folha On Line