As consequências danosas oriundas das fortes chuvas que caiu sobre a Capital na madrugada de sábado (26), no final de semana, exigiu que a Prefeitura de Cuiabá atuasse em um trabalho em conjunto entre a Defesa Civil e as secretarias municipais de Obras Públicas, Mobilidade Urbana, e Serviços Urbanos. A gestão do Município precisou trabalhar de maneira rápida nos incidentes, ambos sem vítimas, acontecidos na Rua Rui Barbosa e em uma residência na Rua Cel. Benedito Leite, situadas no bairro Goiabeiras.
A intervenção do poder público municipal na Rua Rui Barbosa se fez necessária devido ao rompimento de parte da tubulação de drenagem existente na via, causando a erosão do solo. Além da grande quantidade de água, o tipo de material e o longo período de existência da rede pluvial no local, foram fatores que contribuíram para a ruptura. Com o objetivo de evitar qualquer tipo de dano, a via foi prontamente interditada no trecho que compreende o cruzamento com a Av. Sen. Metelo até o entroncamento com a Rua Manoel Cavalcante Proença.
“A rua tem seu sistema de drenagem composto por tubos. É uma tubulação antiga, com mais de 40 anos e, por ser um material metálico, ao longo do tempo essa tubulação vai sofrendo um processo de corrosão, o que acaba ocasionando a erosão da pista. Já iniciamos na parte superior da via a troca de 70 metros dessa estrutura, por aduelas de concreto de 2,5 x 2,5. Vamos estudar outros pontos que estão suscetíveis a passar por esse mesmo problema e, a partir desse levantamento, montar um cronograma de trabalho que atenda essa demanda de maneira ágil e eficiente” explicou o secretário de Obras Públicas, Vanderlúcio Rodrigues.
Já na Rua Cel. Benedito Leite uma residência com mais de 50 anos não suportou a chuva torrencial que caiu nesta madrugada. Conforme relatado pelo diretor de Proteção e Defesa Civil do Município, coronel Paulo Wolkmer, a casa estava construída abaixo do nível da rua e ainda possuía uma estrutura de ferragem muito precária, o que foi suficiente para que a edificação alagasse e não suportasse o volume de água. O terreno atingido possuía duas casas, sendo que a segunda passará por uma avaliação técnica que determinará se a moradia ainda possui condições de permanecer habitada.
“Foi uma chuva acima de 50 milímetros, em um período de sete horas ininterrupto, o que é considerada uma quantidade elevada. Infelizmente tivemos essas situações, mas em menos de uma hora já estávamos todos mobilizados para devolver, dentro daquilo que fosse possível, a normalidade para a região. Desde o primeiro momento o prefeito Emanuel Pinheiro deu a ordem para que fizéssemos o que fosse preciso para apoiar a comunidade. Conversamos com os secretários de Obras e de Serviços Urbanos, para que na segunda-feira (29) uma equipe possa atuar na remoção de todo entulho da casa que desmoronou. O prefeito tem esse mote de trabalhar de forma humanizada e nós estamos seguindo essa bandeira”, contou Wolkmer.
O diretor de Proteção destacou ainda que, em situações parecidas, é imprescindível que o Corpo de Bombeiros Militar seja acionado de forma imediata para que as providências de segurança sejam tomadas o mais brevemente possível. “Essas famílias que moram em regiões ribeirinhas ou próximas de córregos, consideradas áreas de risco, já têm a experiência de anos anteriores. Elas já sabem até que nível a água pode chegar, têm o conhecimento que nessas chuvas torrenciais o volume de água sob subitamente. Então orientamos que procurem elevar seus pertences e, se for preciso, desocupem a casa preventivamente, para que a prioridade seja dada a vida”, pontuou o coronel.