As fortes chuvas que atingiram a cidade de São Paulo voltaram a causar inúmeros transtornos aos paulistanos no final da tarde desta segunda-feira (12). De acordo com a Infraero, estatal que administra os aeroportos públicos no País, o Aeroporto de Congonhas voltou a ser fechado, às 16h15, para pousos e decolagens devido ao mau tempo, a exemplo do que já havia ocorrido em ao menos duas ocasiões na semana passada. A situação se normalizou às 17h17 e 16 voos foram cancelados. Os ventos chegaram a 85 km/h. O Aeroporto Internacional de Guarulhos (Cumbica), de onde decolam e aterrissam voos internacionais, operou sem restrições.
A chuva também voltou a derrubar árvores pela cidade. Em janeiro, em menos de quinze dias já caíram mais de 900. Nesta segunda, de acordo com o DER (Departamento de Estradas e Rodagens), a Rodovia Raposo Tavares foi totalmente fechada, nos dois sentidos no km 15 para a remoção da árvore. A pistra no sentido Capital já foi liberada, o trânsito é lento na região. No sentido do interior a pista continua fechada e há congestionamento na via.
No Butantã, na zona oeste de São Paulo, a queda de uma árvore de médio porte bloqueou o trânsito na Rua José Esperidião Teixeira. No outro extremo da cidade, uma árvore grande caiu e bloqueou a calçada de um trecho da Radial Leste, na altura do Viaduto Alcântara Machado, na região do Brás. Outra árvore caiu na Rua Ceará, altura do nº 202, em Higienópolis. A Subprefeitura teve de ser acionada.
O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo emitiu, no meio da tarde, alerta de estado de atenção para enchentes para todas as regiões da capital paulista. Isso significa que, também a exemplo do ocorrido na semana passada, mais uma vez eram grandes as chances de as chuvas causarem alagamentos, invadirem casas e deixarem vias intransitáveis e pessoas ilhadas.
Foi o que ocorreu em ao menos 30 locais, nos quais 20 chegaram a ficar intransponíveis, por volta das 17h35 desta segunda-feira. Trechos das avenidas Atlântica (Cidade Dutra); Nações Unidas; Rubem Berta, Vinte e Três de Maio e Rua dos Patriotas (Vila Mariana) ficaram intransitáveis. A região de Santo Amaro (zona sul) foi a mais castigada, com alagamentos bloqueando vias como a Marginal Pinheiros, a Avenida Vitor Manzini e a Avenida Roque Petroni Júnior.
O estado de atenção foi emitido às 15h15 para as zonas sul, sudeste, leste e para a Marginal Pinheiros. Menos de uma hora depois, o CGE alertou para o risco também nas regiões norte, oeste, centro e Marginal Tietê. As 17:40 o estado de atenção também se ampliou para o Campo Limpo e Ipiranga, na zona sul, e para a região do ABC. Devido ao mau tempo, todas as linhas, com exceção da Amarela, do Metrô passaram a operar em velocidade reduzida.
Na CPTM, três linhas de trem foram atingidas por raios. Os trens não circulam na Linha 11 Coral entre as estações Luz e Estudantes. E a Linha 12 – Safira, a circulação foi interrompida entre as estações Brás e Calmon Viana. A Linha 10- Turquesa, também atingida, está circulando com velocidade reduziada. A Linha 9- Esmeralda está circulando com velocidade reduzida. Até as 17h48, os problemas não foram resolvidos.
Repeteco
Na semana passada, todas essas áreas registraram locais com alagamentos que causaram transtornos a quem passava por elas. Terminais de ônibus de enorme importância para a população, como o Bandeira, tiveram de ser fechados na ocasião.
Além das chuvas, que vieram acompanhadas de fortes rajadas de vento – as mesmas responsáveis pela queda de mais de quase mil árvores na cidade ao longo dos últimos 15 dias –, o CGE também alertou para a possibilidade de granizo em algumas áreas.
Segundo o órgão, a máxima de 36ºC na tarde desta segunda-feira (12), temperatura mais alta do ano e que favoreceu a formação do temporal.
Fonte: iG