A tão esperada chuva do caju já está na mira de Deus, não adianta o lamento da humanidade pela falta de chuva, se o homem se conscientizasse da sua ganância a natureza agradeceria. As pessoas mais idosas lembram muito bem de como era nos tempos idos; quando chegava o mês de agosto, aquele calor da época e os comentários surgiam; no dia 19 de agosto vai cair “aquela chuva” a “chuva do caju”, e era dito e certo no dia 19 chovia e chovia o suficiente para brotar nos cajueiros as primeiras flores e em poucos dias os frutos. Hoje quando passamos por alguns bairros bem centrais como: Baú, Lixeira, Araés e Areão, ainda se conseguem ver alguns poucos cajueiros com os frutos expressando a sua beleza nas cores vermelhas e amarelas, estão perdendo o seu encanto e o seu sabor. Antigamente nos quintais cuiabanos esta fruta era em abundância, hoje em dia conta-se nos dedos alguns quintais no centro urbano em que resta esta belíssima fruta. Em bate-papo com algumas doceiras afamadas como Bartolina, Odilza, Satutina, Firmina, Guilhermina e outras, elas não reclamam só rezam para São Pedro mandar chuva para amenizar a falta de abundância dos frutos para sustentar os seus familiares com a elaboração de doces, polpa, licor, rapadura. O caju do consagrado artista plástico João Sebastião Costa que dá o ano todo em suas maravilhosas telas.
LAVA SANTO
Até hoje o povo cuiabano tem a mania de lavar Santo para chamar chuva, inclusive este colunista social, nas lavações dos Santos para descer a água do céu. O intelectual e profº Doutor Fernando Tadeu de Miranda Borges acredita neste fenômeno sobrenatural da lavação dos Santos para chamar chuva em abundância. Esse ato de fé era um fato ocorrido nas décadas de 50, 60, 70, 80, 90, quando algumas famílias católicas, na falta de chuva, iam até o seu oratório pegar os Santos, colocavam numa mesa e faziam as orações, despejavam a água pedindo chuva. Esse ato de lavar Santo já foi narrado pelas bocas de Dunga Rodrigues, Maria Muller, Aidinha Epaminondas, Libânia Lobo, Elza Nigro, Isaura Biancardini. Quando Cuiabá era Cidade Verde, titulo dado por D. Aquino Corrêa, na falta de chuva o povo cuiabano lavava os Santos. É uma dica para quem tem fé: comece a lavar os Santos para chamar chuva em abundância. Um brinde a São Pedro!