A mãe do homem acusado de matar um soldado em um memorial de guerra de Ottawa e, em seguida, invadir o Parlamento canadense, antes de ser morto a tiros, diz que ela está chorando pelas vítimas do tiroteio, não seu filho.Em rápida entrevista por telefone à agência Associated Press nesta quinta-feira (23), Susan Bibeau disse que ela não sabia o que dizer para aqueles feridos no ataque. "É possível explicar algo assim? Nós lamentamos."Os investigadores até o momento divulgaram pouca informação sobre o atirador de Ottawa, identificado como Michael Zehaf-Bibeau, um canadense de 32 anos que teria se convertido ao islamismo. A polícia concluiu que ele agiu sozinho.
Susan disse que ficou devastada com o ataque."Se estou chorando, é pelas pessoas. Não é pelo meu filho."Susan e seu marido já haviam enviado à AP um e-mail longo expressando horror e tristeza pelo que aconteceu. "Estou com raiva de meu filho", afirmava o e-mail, explicando que ele parecia perdido "e não se encaixava." Ela havia falado com Michael na semana anterior, mas tinha ficado por anos sem ter contato com ele.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro Stephen Harper visitou o Memorial Nacional de Guerra, onde o soldado Nathan Cirillo foi morto, para colocar uma coroa de flores. Ele disse ter planos de permitir que as agências de segurança tenham mais poder de vigiar e prender para aumentar a segurança no país.Testemunhas disseram que Cirillo foi baleado à queima-roupa por um homem carregando um rifle e todo vestido de preto, com o rosto semi-coberto com um lenço. O atirador pareceu levantar os braços para comemorar.
G1