O dispositivo tem um alcance de até 2,5 m, ante 1 cm de modelos anteriores.
O rastreador é composto de um chip identificador por radiofrequência tradicional (RFID) e uma antena especialmente projetada, criada por O'Neill para ser mais fina e mais leve que outros modelos usados para rastrear pequenos insetos, o que permite o aumento do alcance.
O engenheiro, que é diretor técnico da empresa de tecnologia Tumbling Dice, de Newcastle, tenta patentear a invenção.
"A primeira etapa foi fazer etiquetas de pré-produção usando componentes que eu poderia comprar facilmente", disse ele.
"Eu quero fazer componentes aéreos otimizados que sejam muito menores… Eu fiz cerca de 50 até agora".
A ideia é ter receptores-leitores espalhados no caminho entre uma colmeia e uma flor a fim de rastrear os sinais de como as abelhas se movem livremente na natureza.
Para Sarah Barlow, bióloga do Kew Gardens especializada em restauração de ecossistemas danificados, a nova tecnologia "abrirá possibilidades para cientistas rastrearem abelhas na natureza."
"Esta peça do quebra-cabeça, o comportamento das abelhas, é absolutamente vital se quisermos entender melhor por que nossas abelhas estão lutando (pela sobrevivência) e como podemos reverter o seu declínio".
A população de abelhas registra um declínio preocupante na Grã-Bretanha e em vários outros países, inclusive no Brasil.
Refrescando as abelhas
Os minúsculos rastreadores, que têm apenas 8 mm de altura e 4,8 mm de largura, estão presos às abelhas com supercola em um processo que leva de cinco a 10 minutos. As abelhas são refrigeradas primeiro para que fiquem mais dóceis.
"Elas fazem um barulho infernal", disse O'Neill.
Ele disse à BBC esperar que os rastreadores – que pesam menos do que uma abelha e estão unidos ao seu centro de gravidade para que não afetem o voo dos insetos – permaneçam anexados por três meses, a vida útil estimada.
Os aparelhos só foram instalados em abelhas operárias, que não acasalam.
Fonte: BBC