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China suspende compra de carne de frango do Brasil por 60 dias após caso de gripe aviária

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que, em virtude do foco de gripe aviária em granja comercial no Brasil, as exportações de frango e derivados para a China serão suspensas automaticamente por sessenta dias. O embargo temporário e automático está previsto no protocolo de exportação entre os países.

Na manhã desta sexta-feira, 16, o Ministério da Agricultura informou que o Brasil registrou seu primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial. O caso foi confirmado na quinta-feira, 15, em um matrizeiro (granja de produção de ovos férteis) de aves comerciais em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, segundo a pasta. Trata-se do primeiro caso no Brasil de gripe aviária no sistema comercial.

“O protocolo com a China restringe a exportação de frango de todo País em caso de gripe aviária. A partir de hoje, por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileira”, disse Fávaro, em entrevista à TV Centro América.

A China é o principal destino do frango brasileiro. O Brasil vinha negociando a regionalização do protocolo de gripe aviária com a China, ou seja, que os embargos sejam restritos à área ou ao município com caso detectado, mas ainda não foi concluída.

Fávaro ressaltou que o Brasil comercializa frango para cerca de 200 países. O ministro lembrou que, desde a identificação em maio de 2023 em animais silvestres, o Brasil vem buscando rever os protocolos sanitários com países parceiros.

“O protocolo com Japão prevê embargo de exportações ao Rio Grande do Sul e ao município de Montenegro, onde o foco foi detectado. Há protocolo de regionalização de embargos de gripe aviária com Emirados Árabes, Arábia Saudita”, disse Favaro.

O Brasil já anunciou o caso de gripe aviária aos seus demais parceiros comerciais, segundo o ministro.

Fávaro afirmou que o impacto da gripe aviária em exportações de frango do Brasil está sendo calculado pela pasta. “Nós procuramos gradativamente ir trocando o protocolo. O sistema brasileiro é tão robusto e confiável, que vários países passaram a trocar o protocolo, sabendo que o Brasil tem estrutura para fazer a contenção e, portanto, a restrição comercial fica restrita à região do foco do acontecimento. Avançaremos nas negociações com países para regionalizar embargos e retomar o fluxo comercial”, afirmou.

De acordo com ele, contêineres que estão em trânsito de exportação não têm o fluxo afetado.

Estadão Conteudo

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