O agronegócio é sem duvidas o alavancador responsável pelo grande crescimento do Estado no decorrer dos últimos anos.
Tecnologia, inovação, produção, produtividade, conquistas, foram instrumentos que transformaram o setor e criaram o caso de sucesso mundial que reverencia este importante seguimento e que destacaram Mato Grosso como uma das maiores fronteiras agrícolas do mundo. Famílias e empresas agrícolas, encontraram aqui clima favorável, terras férteis, receptividade e apoio público irrestrito para implantação e realização de seus sonhos.
As gestões públicas, governos estaduais e federal, dentro de suas limitações, sempre abraçaram sua causa.
Incentivos, obras de infraestrutura e apoio incondicional de suas reivindicações, demandas e necessidades sempre fizeram parte da pauta e projetos de Estado.
O agronegócio sempre teve pasta exclusiva e com grande representatividade.
Nunca apoio foi negado, defesas encampadas, soluções buscadas.
Em alguns momentos e situações, privilégios foram consentidos, apoio político irremediável concedido e causas defendidas com veemência.
As famosas securitizações sempre foram encampadas pelos governantes em defesa da classe agrícola.
Os anos se passaram e o agropecuarista se transformou numa enorme potência.
Famílias de agricultores, os lavoreiros, foram alçados ao título de empresários do campo, empresas tiveram um crescimento descomunal, áreas modestas surgiram como gigantescos campos agrícolas e as culturas diversificáram-se proporcionando cases de sucesso durante o ano todo e em qualquer adversidade climática.
Não só a soja é cultura, ao longo do ano planta-se de tudo, renda garantida, lucro certeiro.
Paralelo a este crescimento setorizado, caminhou junto um crescimento populacional e todas as cadeias que o desenvolvimento trás a reboque.
Cidades foram criadas ao entorno, população crescente acompanhando, problemas surgindo desse aumento demográfico e a estrutura inevitável oriunda de seus anseios teve que ser absorvida pelos governos para atender às necessidades dos desbravadores.
Injusto que lucro fique pra um lado e despesas só pra outro.
Saude, transporte, segurança e educação tiveram que ser implantadas para o atendimento da população que veio junto do progresso.
O combalido Estado, que tem que estar sempre presente, é obrigado à fazer sua parte sob a pressão de seus próprios aliados do campo.
Independente de incentivos e concessões setorizadas esta conta, para alguns mais exaltados, tem somente um credor, o Estado!
Tempos passaram, fortunas amealhadas, empresas consolidadas, lucros aferidos, o país mudou!!!
O agronegócio solidificou-se, cresceu, firmou-se como uma força inexpugnável na economia e sua presença e produtividade balizam o presente e dão esperança ao futuro.
Isso é incontestável e o Estado reconhece, aplaude e apoia.
Contudo, em tempos de crise, de ajustes e de cooperação, é necessário que um pequeno retorno de tantas é necessário que seja agora retribuído ao estado e a população que tão bem os recebeu e apoiou.
A taxação do setor, tão criticada por alguns, é inevitável! Quem precisa agora é o Estado. Deveria ser encarada como um pequeno retorno.
No atual estágio de contas públicas deterioradas, a igualdade de direitos e deveres deverá ser aplicada a todos. Anos e anos de concessões e benefícios devem agora ser retornados em um pequeno percentual para aqueles que tanto por eles fizeram.
Chegou a hora do campo amparar a cidade.
A união e concessão, naturalmente deve ser encarada como contrapartida e agradecimento.
Fethab, impostos e lucratividade devem ser encarados como retorno de investimentos públicos concedidos.
No capitalismo lucro é o norte mas este mesmo capital jamais abriu mão de levar e a trazer o amparo à estrutura que move também seus negócios.
Os exemplos são mundiais.
América e Europa subsidiam, mas nunca abriram mão de impostos e taxações, confira no Google.
Pensem nisso….