Plantão Policial

Chefe é filmado ao dizer que funcionário negro tem raça do diabo

O lojista Fabrício Vidal usou as redes sociais no último domingo (28) para denunciar o seu chefe por humilhação e racismo. Se dizendo aliviado, o rapaz publicou um vídeo no Facebook onde capta um dos momentos em que foi ofendido pelo chefe. No áudio, o homem pergunta se Fabrício não tem vergonha da sua raça. Após a resposta negativa, ele afirma que deveria, pois se trata da “raça do capeta”.

O funcionário pede para que o chefe pare de chamá-lo de negro, de crioulo, e o homem responde aos gritos: “Você é o que? Loiro? Ham? Você é loiro? Se você for loiro, eu te chamo de loiro. Faz igual ao Michael Jackson, aí eu te chamo de loiro”. O diálogo foi a gota d’ água para Fabrício, que não aguentou as humilhações.

— Eu tive a ideia de gravar o vídeo quando os clientes começaram a falar para mim que eu não precisava daquilo e que se eu gravasse, ele estava enrolado. Um certo dia eu consegui gravar. Mas, eu já fui humilhado várias vezes, durante muito tempo. Muita gente abriu meu olho para eu sair de lá.

O homem trabalhou com o suspeito por quase três meses e só deixou o serviço quando não aguentou mais a forma como era tratado.

— Era me chamando de macaco na frente dos outros, na frente dos clientes. Foram os clientes que mandaram eu abrir o olho e sair da loja. Eu sentia [que era maltratado], mas eu precisava do emprego. Mas ai eu mesmo decidi sair.

Além da repercussão nas redes sociais, o caso foi parar na delegacia. Fabrício registrou queixa por injúria racial na 4ª Delegacia de Polícia. A advogada de Fabrício, Nathália Marques, espera que o inquérito evolua para o crime de racismo.

— O delegado vai ter acesso ao vídeo. A gente acredita que com isso, vendo o vídeo e ouvindo trechos em que o empresário fala que teria vergonha de ser negro, usando a expressão ‘raça do capeta’, ele configure o racismo. Eu entendo que com isso o delegado vai sim entender que houve também o crime de racismo neste caso.

O homem flagrado se defende dizendo que tudo não passou de “uma brincadeira”. Pedindo para não ser identificado, pois teme retaliações, ele diz ainda que a denúncia o surpreendeu.

— Eu não imaginava que, em tom de brincadeira, dentro da minha empresa, fosse sair de lá com toda essa repercussão. Sempre foi em tom de brincadeira e ele entrava na brincadeira, ria bastante. O apelido dele é Fabrício Neguinho, acredito que sempre foi acostumado com isso. Então, não teria como dizer que isso seria uma ofensa.

O lojista Fabrício Vidal usou as redes sociais no último domingo (28) para denunciar o seu chefe por humilhação e racismo. Se dizendo aliviado, o rapaz publicou um vídeo no Facebook onde capta um dos momentos em que foi ofendido pelo chefe. No áudio, o homem pergunta se Fabrício não tem vergonha da sua raça. Após a resposta negativa, ele afirma que deveria, pois se trata da “raça do capeta”.

O funcionário pede para que o chefe pare de chamá-lo de negro, de crioulo, e o homem responde aos gritos: “Você é o que? Loiro? Ham? Você é loiro? Se você for loiro, eu te chamo de loiro. Faz igual ao Michael Jackson, aí eu te chamo de loiro”. O diálogo foi a gota d’ água para Fabrício, que não aguentou as humilhações.

— Eu tive a ideia de gravar o vídeo quando os clientes começaram a falar para mim que eu não precisava daquilo e que se eu gravasse, ele estava enrolado. Um certo dia eu consegui gravar. Mas, eu já fui humilhado várias vezes, durante muito tempo. Muita gente abriu meu olho para eu sair de lá.

O homem trabalhou com o suspeito por quase três meses e só deixou o serviço quando não aguentou mais a forma como era tratado.

— Era me chamando de macaco na frente dos outros, na frente dos clientes. Foram os clientes que mandaram eu abrir o olho e sair da loja. Eu sentia [que era maltratado], mas eu precisava do emprego. Mas ai eu mesmo decidi sair.

Além da repercussão nas redes sociais, o caso foi parar na delegacia. Fabrício registrou queixa por injúria racial na 4ª Delegacia de Polícia. A advogada de Fabrício, Nathália Marques, espera que o inquérito evolua para o crime de racismo.

— O delegado vai ter acesso ao vídeo. A gente acredita que com isso, vendo o vídeo e ouvindo trechos em que o empresário fala que teria vergonha de ser negro, usando a expressão ‘raça do capeta’, ele configure o racismo. Eu entendo que com isso o delegado vai sim entender que houve também o crime de racismo neste caso.

O homem flagrado se defende dizendo que tudo não passou de “uma brincadeira”. Pedindo para não ser identificado, pois teme retaliações, ele diz ainda que a denúncia o surpreendeu.

— Eu não imaginava que, em tom de brincadeira, dentro da minha empresa, fosse sair de lá com toda essa repercussão. Sempre foi em tom de brincadeira e ele entrava na brincadeira, ria bastante. O apelido dele é Fabrício Neguinho, acredito que sempre foi acostumado com isso. Então, não teria como dizer que isso seria uma ofensa.

R7

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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