Também estão programadas atividades em Barinas, estado natal de Hugo Chávez, governado pelo irmão dele, Adán Chávez. Os estados de Bolívar, Aragua, Yarucuy e Portuguesa também terão atividades.
Segundo o governo venezuelano, o desfile cívico-militar em Los Proceres, a oeste de Caracas, será o grande marco da celebração. "Teremos eventos nacionais e internacionais. E o nosso povo continuará a demonstrar que Chávez vive e a pátria continua, hoje mais que nunca, com a revolução, vencendo dificuldades e crescendo", disse o presidente Nicolás Maduro.
Em Caracas, são esperados chefes de Estado e representantes de vários países convidados. O presidente da Bolívia, Evo Morales, e o vice-presidente da Argentina, Amado Boudou, chegaram ontem (4) ao país para participar dos atos oficiais. O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, também chegou na tarde de ontem a Caracas.
Durante a noite, Garcia participou de uma mesa-redonda na TV Telesur e conversou sobre o atual momento na Venezuela. Em entrevista ao canal estatal, ele disse acreditar que "apesar da crise interna, o país tem bases sólidas para superar os problemas de forma pacífica".
Antes da entrevista, Garcia teve uma rápida conversa com a imprensa brasileira que está em Caracas e disse que participaria das celebrações em homenagem ao presidente Chávez e também se reuniria com o presidente Nicolás Maduro.
O documentário Meu Amigo Hugo, produzido pelo cineasta norte-americano Oliver Stone, apresenta a biografia do presidente, conhecido entre os chavistas como "comandante supremo", baseada em declarações de parentes, amigos, intelectuais e líderes políticos.
As homenagens ocorrem em um momento em que o país enfrenta dificuldades, com protestos e queixas contra uma acentuada escassez de produtos, a insegurança, alta inflação e falta de recursos para importações. Após quase três semanas de protestos diários de estudantes e opositores, pelo menos menos 18 pessoas morreram, 261 ficaram feridas e houve cerca de 1.000 detidos.
Na semana passada, o presidente Maduro convocou diversos setores para uma Conferência de Paz. Representantes do comércio e do empresariado participaram do encontro, além de parte da oposição.
Agência Brasil