Foto Ahmad Jarrah
A sociedade de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) vai realizar um almoço beneficente em prol da adolescente Viviane Almeida França e Silva, de 15 anos, neste domingo (22). O almoço será realizado no Salão Paroquial Nossa Senhora de Sant’Ana, a partir das 11 horas da manhã.
No evento ainda será realizado bingo de uma bicicleta, ventiladores e outros objetos doados pela população, além de um torneio de estilingue. As cartelas do bingo poderão ser compradas antes e durante o almoço, por R$ 25, e habilita os participantes a comerem no evento. Já a inscrição para a competição de estilingue custará R$ 10. Os valores serão revertidos para a causa.
Vivi, como é conhecida, tem uma doença rara chamada epidermólise bolhosa, que não tem cura e causa bolhas e ferimentos na pele. A irmã e responsável pela adolescente, Fátima Silva, explicou que após ter o caso divulgado, Vivi recebeu diversas doações e está bem melhor. “Está até brincando”, disse ela.
No entanto, como a doença não tem cura, Viviane precisa do tratamento para controlar a doença para o resto da vida. Nenhum dos remédios é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com Fátima, e alguns deles ela nunca chegou a comprar por não ter condição financeira.
Sueli Fernandes, uma das organizadoras, explica que a ação tem o apoio da Lions Internacional, que se sensibilizou com o caso, assim como o apoio da população e supermercados de Chapada, que doaram os alimentos para realizar o almoço. A organização espera pelo menos 700 pessoas para contribuir com a causa.
Em outubro de 2016, o Circuito Mato Grosso foi em Chapada conhecer a história da Vivi, que desde os dois anos convive com a doença. Viviane perdeu uma irmã para a mesma patologia, quando tinha menos de dois anos. É que ela morava na zona rural da cidade e não possuía as condições adequadas de higiene, o que contribuiu para o agravamento da doença.
De acordo com o dermatologista Flavio Garcia (CRM/MT 3103), a doença é congênita e não é contagiosa. Segundo Garcia, a doença é causada por uma mutação em algumas proteínas que causam fraqueza de fibras que seguram a pele. “É um defeito genético. O que se pode fazer é o controle da doença, tomando cuidado com os mínimos traumas e curando os ferimentos”, explicou Garcia.